Depois de um primeira iniciativa em parceria com a Qualcomm que acabou descontinuada, a TIM reformulou a sua loja de aplicativos móveis, agora com o apoio da Opera Software. A TIM App Shop traz 55 mil itens para download para webphones que suportam Java e smartphones com os sistemas operacionais Android, iOS, Symbian e Blackberry. A loja está disponível no endereço m.timappshop.com.br e pode ser acessada através de qualquer navegador no celular. A plataforma reconhece automaticamente o modelo do aparelho e indica um catálogo de apps compatíveis, divididos em diversas categorias.
Os apps pagos são cobrados através da conta telefônica da TIM ou descontados dos créditos de pré-pagos. É interessante notar que a loja pode ser acessada por não usuários da TIM, que conseguem baixar os títulos gratuitos. A diferença é que para os clientes da TIM não há cobrança pelo tráfego de dados dentro da loja.
Análise
A iniciativa da TIM tem como objetivo atender principalmente aos seus assinantes que possuem webphones (telefones capazes de acessar a Internet mas que não possuem sistemas operacionais abertos e, consequentemente, uma loja de aplicativos própria). O conteúdo da loja, porém, ainda precisa ser aperfeiçoado. Há pouco conteúdo local. Em uma busca feita pela equipe de Mobile Time através de um Galaxy SII foram encontrados poucos títulos nacionais, dentre os quais uma versão móvel da revista Época e o app TIM Torcedor, da própria operadora. Por outro lado, há uma vasta quantidade de apps estrangeiros, alguns de download improvável por aqui, como um dicionário russo-alemão e outro de árabe-urdu. Na seção de ebooks, os títulos são quase todos em inglês.
A TIM parece seguir em sentido contrário ao resto do mundo. Este ano, várias iniciativas de lojas de aplicativos de teles fecharam as portas. Foi o caso da O2 Apps na Inglaterra e na Alemanha; da Verizon Apps, nos EUA; e da internacional e multioperadora WAC (Wholesale Application Community). A razão foi a dificuldade de competir com o Google Play e a App Store. Cabe ressaltar que a proposta da TIM difere dessas outras por focar na base de webphones, o que pode ser um caminho para o sucesso. Só falta adequar o catálogo à demanda do público brasileiro.