O comitê diretivo do grupo ad hoc de bondholders da Oi (AHG) emitiu comunicado na noite de quarta-feira, 20, comemorando a aprovação do plano de recuperação judicial da companhia e parabenizando a “administração independente”. O grupo afirma que o trabalho em conjunto da administração com “outros atores do setor público e privado” conseguiu desenvolver um plano de reorganização “justo, equilibrado e consensual”, ressaltando que a aprovação foi conseguida pela “maioria significativa dos credores de cada classe”, o que justificaria a decisão da administração de “se envolver diretamente com os credores para negociar um plano benéfico para a companhia e seus credores”.

No comunicado, o comitê diretivo afirma que sempre defendeu uma resolução consensual para a reestruturação da Oi, e que teve “o prazer de ter se envolvido diretamente nas tratativas” ao longo dos últimos 18 meses de negociações. Destaca ainda que trabalhou com outros grupos de credores para que a administração pudesse negociar mais efetivamente o plano, “até mesmo apoiando a companhia no início deste ano em exitoso litígio perante à Corte de Falências dos EUA”.

O grupo diz que o plano aprovado foi “esmagadoramente apoiado pelos credores”, destacando a injeção de novos recursos de R$ 4 bilhões “totalmente garantida por investidores internacionais, inclusive os integrantes do comitê diretivo”. O AGH é assessorado pela Moelis como consultor financeiro, ClearyGittlieb Steen e Hamilton como assessor jurídico internacional e Pinheiro Neto Advogados como assessor jurídico local.

Vale lembrar que nem sempre houve esse apoio aos bondholders. O grupo entrou em choque com acionistas da companhia por diversas vezes, criticando as propostas de planos apresentadas pela administração anterior e oferecendo plano alternativo como “única saída”. A Société Mondiale, ligada ao empresário Nelson Tanure, acusou também múltiplas vezes o atual presidente da Oi, Eurico Teles, de ter baseado todo o plano (que, por sua vez, serviu de base para o que foi finalmente aprovado na madrugada da quarta-feira) nas propostas dos bondholders, alegando que o plano teria benefícios adicionais para os credores internacionais e supostas ilegalidades.

 

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