Os Correios retomaram o processo de seleção de prestadora para exploração do serviço móvel por meio de rede virtual (MVNO). As empresas interessadas devem entregar as propostas no dia 17 de março. A modalidade escolhita pela ECT é de credenciada, ou seja, funcionará como uma espécie de representante da operadora, sem necessidade de construção de rede ou de autorização pela Anatel.

Para participar da seleção, a operadora terá que estar presente em pelo menos 50% dos municípios das três regiões do Plano Geral de Autorização (PGA). A expectativa dos Correios é de obter até 500 mil assinantes por ano. Por isso, para fins de julgamento das propostas, usará como critério adotado o somatório do maior valor de remuneração dos chips pré-pagos, maior percentual de comissão pela venda de recargas em lojas de sua rede e maior percentual de comissão na venda de recargas na rede da prestadora. O valor mínimo previsto para um contrato de cinco anos é de R$ 282 milhões.

Pelas estimativas dos Correios, a remuneração pela venda de chips deve chegar a R$ 4 milhões em 2017 e com a venda de recarga na sua rede, a R$ 5,4 milhões no mesmo período, prevendo que 80% das compras de créditos serão feitas nas suas lojas. A remuneração total prevista passa de R$ 10,7 milhões no mesmo ano. Para chegar a esses números, os Correios consideram um ticket médio mensal de R$ 15, mais R$ 4 por cada chip vendido, 7,5% sobre os recursos auferidos com os serviços vendidos em sua rede e 2,5% sobre os serviços vendidos na rede da prestadora.

Segundo o presidente da comissão de licitação, Ara Minassian, o novo edital foi aperfeiçoado com sugestões das operadoras. Ele informa que, após a abertura das propostas, todas as operadoras poderão fazer novos lances.

 

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