Visando a evolução do Business Intelligence para a ciência de dados (ou na expressão inglesa, Data Science), a Algar Telecom anunciou nesta segunda-feira, 22, a criação do Centro de Inteligência Analítica (CIA). A ideia é fortalecer o uso da análise dos “milhares de terabytes de dados brutos” para a tomada de decisão baseada no comportamento do cliente, melhorando experiência em campanhas direcionadas, novos produtos e soluções para qualidade de serviços e eficiência operacional. E, em longo prazo, a tele mineira pretende se tornar “uma empresa totalmente orientada a dados”. A equipe do CIA conta com 20 profissionais de estatística, negócio e tecnologia.
A diretoria de transformação digital da Algar criou o CIA com a missão de “agregar valor ao negócio” ao utilizar os dados e identificação de padrões de comportamento, o que permitiria a criação de “hipóteses que possam subsidiar a aplicação de testes (pilotos) com o uso de métodos ágeis”. Com a análise, os dados podem ser transformados em insumos para decisões estratégicas. Um exemplo dado pela companhia é a implantação de uma oferta ou melhoria da produtividade de equipes, enquanto simultaneamente proporciona incremento de receita.
O centro atua na operação, com manutenção das entregas já realizadas, e em projetos, para implantação de novas iniciativas. A Algar também está promovendo com isso a mudança de adequação do modelo convencional de “Data Warehouse”, limitado a dados estruturados, ao conceito de Data Lake, que é mais abrangente por lidar com dados não estruturados.
Ainda em 2017, a operadora utilizou o machine learning na identificação do melhor momento para efetuar pagamentos com moeda estrangeira. A solução de analytics, utilizada pela área de gestão de riscos da companhia, utilizou indicadores financeiros para identificar as tendências da variação cambial. A empresa também utilizou uma plataforma de big data e analytics de gestão de experiência do cliente (CEM, na sigla em inglês). Com o monitoramento em tempo real e antecipação das ocorrências, conseguiu reduzir cerca de 7 mil chamadas por mês recebidas na central de atendimentos por reclamações sobre uso de Internet em dispositivos móveis. A Algar usou o CEM ainda no marketing de comportamento, para a oferta personalizada ao cliente.