A Vodafone é a oitava empresa a abandonar a Associação Libra, voltada para o desenvolvimento da criptomoeda do Facebook. Das 29 que formavam um arco no entorno do nome da criptomoeda, restam 21 empresas.
“O Grupo Vodafone decidiu se retirar da Associação Libra”, disse um porta-voz do conglomerado de telecomunicações britânico. “Dissemos desde o início que o desejo da Vodafone é dar uma contribuição genuína para ampliar a inclusão financeira. Continuamos totalmente comprometidos com esse objetivo e sentimos que podemos dar o máximo de contribuição, concentrando nossos esforços na [plataforma de pagamentos móveis] M-Pesa”.
M-Pesa
O M-Pesa é um serviço de transferência de dinheiro e de financiamento e microfinanciamento com base no celular. A solução é um sucesso em países do continente africano e foi lançado em 2007. De acordo com o site Telecoms, muitos considerariam o M-Pesa um ativo subexplorado pelo Grupo Vodafone, embora isso provavelmente mude nos próximos meses. A equipe planeja expandir o serviço nos sete mercados africanos em que opera atualmente e planeja lançar na Etiópia, um mercado em que atualmente não gerencia uma rede móvel.
O serviço de transferência de dinheiro da Vodafone pode ser usado para pagar salários, liquidar faturas e pagar passagens de ônibus, mas a Vodafone tem como objetivo preencher o vazio dos serviços bancários tradicionais, uma questão importante em grande parte do continente africano.
A novela
Em outubro de 2019, a primeira empresa a sair da associação foi PayPal. Dias depois, Mastercard, Visa, Ebay e Stripe deixaram o projeto. Ainda em outubro, Mercado Pago e Booking Holdings também saíram da Libra.
No final do ano passado, o próprio David Marcus, cocriador da criptomoeda e responsável pela Libra dentro do Facebook, disse que “se pudesse começar tudo de novo, focaria apenas no que realmente isto é, ou seja, em um novo sistema de pagamento”. Talvez não à toa, um mês antes, em novembro, a empresa de Mark Zuckerberg anunciou o Facebook Pay, meio de pagamento presente no Facebook e no Facebook Messenger, mas que, em breve, chegará ao Instagram e ao WhatsApp também. Por enquanto, a solução está disponível nos Estados Unidos, mas, aos poucos, será estendida a outros mercados.
