| Publicado no Teletime | Em novembro, a geração de caixa operacional líquida da Oi foi novamente negativa: R$ 509 milhões. A diferença é que em outubro, o resultado foi negativo de R$ 30 milhões. Os dados estão no relatório mensal de atividades elaborado pelo Escritório de Advocacia Arnoldo Wald, administrador da recuperação judicial da operadora e divulgado na noite da quinta-feira, 21 (o relatório costuma ser divulgado no dia 15).

Houve saída de caixa de R$ 144 milhões em operações intra-grupo. Segundo a Oi, a saída de caixa se refere à operação de adiantamento para futuro aumento de capital.

Assim, o saldo final de caixa totalizou R$ 4,37 bilhões, uma redução de R$ 622 milhões, ou 12,5%. Apesar de ter reduzido o Capex no mês, a administração justifica que a redução do saldo está relacionada “principalmente” com o plano estratégico de aceleração de investimentos.

A Oi reduziu em 2,4% os investimentos no mês, totalizando R$ 463 milhões. A Oi Móvel sozinha foi responsável por 57% desse total (R$ 263 milhões). A companhia diz que a redução geral está em linha com o planejamento.

A empresa obteve recebimentos de R$ 2,33 bilhões, uma redução de 2,4% comparado a outubro, ou R$ 58 milhões a menos. A operadora justifica que a quantidade de dias úteis (um a menos do que em outubro) influenciou na rubrica clientes. Houve uma redução maior (R$ 105 milhões) em recebimentos por serviços de uso de rede, mas a empresa coloca que não houve nenhum fator extraordinário, mas apenas variação que pode ocorrer.

Já em pagamentos, houve aumento de 22,2% (R$ 432 milhões) em novembro, totalizando R$ 2,38 bilhões. Grande parte desse crescimento se deve ao pagamento de fornecedores (que representa 75% do total, ou R$ 1,8 bilhão) por conta de intercompany de interconexão entre empresas e para intercompany para a Paggo Lojas para vendas realizadas em serviços fixo e móvel de telecom.

Desinvestimentos

Vale lembrar que a unidade produtiva da operação móvel foi vendida em dezembro para Claro, TIM e Vivo em oferta conjunta por R$ 16,5 bilhões e que ainda precisa passar por crivos regulatórios do Cade (onde a Algar entrou com pedido de suspensão da operação) e da Anatel. A operadora ainda celebrou o contrato da venda da unidade de torres para a Highline por R$ 1,08 bilhão no mesmo mês – a concorrência foi vencida ainda em novembro, junto com a venda dos data centers para a Piemont Holding por R$ 325 milhões.

 

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