Em 2012, as ameaças móveis representaram um percentual pequeno, porém crescente, entre os riscos à segurança virtual dos usuários. Ainda são poucas as evidências de ataque e o malware móvel parece estar em um estágio bastante incipiente. Em 2013, é provável que esse cenário mude, em razão de ser cada vez mais comum o uso de dispositivos móveis para acessar informações corporativas. Em 2012, o tráfego móvel para malware networks (redes de servidores que espalham códigos maliciosos, também conhecidas como malnets) correspondeu a 2% do total de ameaças na rede, o que indica um impacto possivelmente maior em 2013.

Segundo relatório da Blue Coat, o principal risco para os usuários móveis em 2012 veio dos sites de pornografia, assim como ocorre, também, com os usuários de desktop. Mais de 20% das ameaças móveis estão relacionadas a esse tipo de conteúdo. Os usuários móveis, contudo, acessam por seus dispositivos sites de pornografia menos de 1% do tempo de navegação. O segundo maior ponto de entrada de malware foram sites classificados como suspeitos, como aqueles de download de conteúdo pirata, que responderam por 7% das ameaças. Muitos dos malwares móveis vieram de versões piratas do Android, do Skype ou do browser Opera oferecidos ao usuário. Anúncios na web, que sempre importunaram os navegadores por desktop, também oferecem riscos para o usuário móvel, sobretudo aqueles que fazem compras ou realizam operações bancárias pelo smartphone.