Para mostrar sua relevância, a indústria de telecomunicações gosta de mostrar números. Na abertura do Mobile World Congress 2016, que acontece esta semana em Barcelona, não foi diferente. Entre as diversas estatísticas derramadas, está o impressionante número de US$ 3,1 trilhões, representando tudo o que, segundo a GSMA (associação que congrega as principais operadoras do mundo), o setor de telecom movimentou em 2015. Some-se a isso cerca de US$ 430 bilhões em recursos que foram para o setor público na forma de taxas e impostos (sem contar espectro). E a previsão de investimentos para os próximos cinco anos de US$ 900 bilhões. Para Mats Granryd, diretor geral da GSMA, esses números contudo não significam tranquilidade para os operadores, que estão sendo desafiados por mais competidores e precisam encontrar novas formas de serem inovadores e competitivos.

César Alierta, CEO da Telefônica, disse que a indústria digital representou um quinto de todo o crescimento global nos últimos 20 anos e que 10% de crescimento nesse setor significa um aumento potencial de 40% no PIB.

Para Shang Bing, CEO da China Mobile, o setor de telecomunicações é essencial na recuperação de economias que enfrentam um processo de estagnação. Referindo-se ao "novo momento" da economia chinesa, ele apontou a possibilidade de geração de novos tipos de negócio, otimização da produtividade industrial e massificação do acesso como formas de estimular a economia por meio do uso das tecnologias de informação e comunicação. Ele lembrou que dos 50 milhões de dispositivos conectados estimados para 2020, um quinto estará na China, o que representa uma grande oportunidade para a operadora q, que hoje já tem cerca de 800 milhões de clientes.

 

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