A Colmeia é um novo player do mercado nacional de bots que vem crescendo rapidamente, sem fazer alarde. Até 2020, seu principal produto era uma rede social corporativa, mas naquele ano decidiu pivotar e entrar no mercado de assistentes virtuais. Desde então, já desenvolveu centenas de bots, inclusive para clientes de peso, como banco Mercantil, V.tal, Digio e Rodobens. Registra atualmente 10 milhões de sessões por mês com seus bots e espera triplicar esse volume até março de 2025, alcançando 30 milhões/mês. 95% das sessões acontecem no WhatsApp, mas a empresa também desenvolve para vários outros canais, como Instagram, Telegram, SMS e webchat.

“Conseguimos fazer em quatro ou cinco dias um bot que outros levariam meses”, afirma seu sócio-fundador e CEO, José Caodaglio, em conversa com Mobile Time.

O executivo destaca entre os diferenciais da Colmeia o seu motor próprio de processamento de linguagem natural (PLN) em português, que é capaz de entender inclusive muitas palavras escritas de maneira errada. “Você pode falar ou escrever errado e o robô entende. Se escrever ‘broleto’, ele entende que é boleto”, exemplifica. Seus bots funcionam tanto em texto quanto em áudio.

Além disso, a empresa investe em pesquisa e desenvolvimento em inteligência artificial e tem um pedido pendente de patente na área de processamento de linguagem natural – trata-se de uma técnica para aprimorar a precisão dos modelos de machine learning na compreensão de intenções.

Case

Caodaglio cita como caso de sucesso da Colmeia o assistente virtual do Banco Mercantil, que é capaz de fechar empréstimos através de uma jornada 100% automatizada, tendo sucesso em nove de cada dez solicitações desse tipo que recebe no WhatsApp.

Investimento

Recentemente, a Colmeia recebeu aporte de R$ 25 milhões da Crescera Capital. Até então, havia recebido investimentos apenas dos próprios sócios-fundadores.

Ilustração de Nik Neves

 

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