PicPay

Escritório do PicPay em São Paulo. Foto: divulgação

O PicPay (AndroidiOS) entrou com um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO) na última quarta-feira, 21. A carteira digital do banco Original, que pertence à J&F, da família Batista, entrou com a solicitação junto à norte-americana Securities Exchange Commission (SEC) — órgão similar à brasileira CVM – e terá suas ações operadas na Nasdaq sob o codinome “PicS”.

Segundo dados apresentados no relatório para o regulador, a companhia registrou R$ 390 milhões de receita em 2020, além de R$ 1,16 bilhão de acumulado na carteira e R$ 50 bilhões em total de volume transacionado (TPV). A empresa registrou perdas da ordem de R$ 800 milhões no último ano.

Em sua estratégia de crescimento a partir da IPO, a empresa espera:

– Ampliar sua base de usuários;

– Aumentar o número de ofertas de produtos e serviços financeiros;

– Ofertar planos de publicidade dentro do aplicativo para comerciantes alcançarem seus clientes;

– Ampliar portfólio de produtos com fusões e aquisições.

Coincide com a entrada da IPO o fato que o PicPay ter chegado a 50 milhões de usuários registrados em sua plataforma na última semana. Dito isso, a companhia se apresenta no IPO como “o maior super app” do Brasil em termos de consumidores registrados.

A quantidade de ações a serem negociadas e o valor do papel não foram informados, nem a data do começo da oferta.

Análise

A IPO chega em um momento em que a companhia precisa dar tração de uso em sua base de usuários. Considerando os dados apresentados à SEC, o PicPay sofre com uma discrepância entre consumidores cadastrados, ativos e com dinheiro em balanço. No final de 2020, a quantidade de usuários cadastrados era de 39 milhões ante 28 milhões de usuários ativos, 16 milhões que fazem transações ativamente e 8,3 milhões com dinheiro em suas carteiras.

No documento, o PicPay cita como riscos e possíveis rivais:

– A entrada de aplicativos de mensageria no segmento financeiro, como Facebook, WhatsApp, Instagram, Telegram e WeChat;

– As empresas de e-commerce que caminham para suas próprias soluções de pagamento;

– Os pagamentos em papel moeda;

– Os grandes players bancários e de adquirência.

 

 

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