O Brasil está à frente de outros países emergentes quando o assunto é a utilização de apps locais. De acordo com um levantamento da Flurry, entre 20% e 30% do tempo que o brasileiro gasta com aplicativos móveis é com títulos nacionais. Em outros países emergentes, a participação de apps locais costuma ficar abaixo de 10% – à exceção da China, conforme detalhado a seguir. Os dados foram passados pelo CEO da Flurry, Simon Khalaf, em videoconferência para a plateia do Tela Viva Móvel, nesta quinta-feira, 22, em São Paulo.
A Flurry monitora hoje mais de 1 bilhão de smartphones ao redor do mundo, sendo 36 milhões deles no Brasil, o que faz do país o oitavo com maior base na empresa. Esse acompanhamento é feito com a inclusão gratuita de um pequeno código de programação dentro dos aplicativos, por uma livre escolha dos desenvolvedores. A Flurry fechou 2013 monitorando 5.540 apps brasileiros e espera alcançar cerca de 8,4 mil em dezembro deste ano. Para se ter uma ideia do seu crescimento, em 2009, a Flurry acompanhava apenas 82 apps nacionais. "O mercado brasileiro de desenvolvimento de apps móveis está crescendo rapidamente e não vai parar tão cedo", disse Khalaf.
EUA Vs China
O CEO da Flurry destacou o fato de os EUA estarem perdendo gradativamente a hegemonia no mercado de apps móveis. Em 2010, 65% dos apps na base da empresa eram norte-americanos. Neste ano, a participação dos EUA caiu para 34%. E o país que mais cresceu foi a China. "A China se tornou hoje uma exportadora de softwares", disse o executivo. Entre março de 2013 e março de 2014, a participação de apps chineses no total de tempo gasto com aplicativos móveis por consumidores norte-americanos subiu de 5% para 8%. Entre os brasileiros, 14% do tempo é gasto com apps chineses agora – um ano atrás era 6%. No Reino Unido, subiu de 8% para 16%.
Até em quantidade de smartphones monitorados a China ultrapassou os EUA na base da Flurry. Em março eram 330 milhões de terminais na China e 295 milhões nos EUA.