O Porta dos Fundos chegou a 20 mil usuários cadastrados em seu canal no WhatsApp, o Portaria. A companhia que está há pouco mais de um mês no aplicativo obteve um forte crescimento ante os 700 usuários do primeiro mês em abril. A produtora tem divulgado o canal com mais recorrência em outras redes onde está presente, mas principalmente nos vídeos do Porta News – uma de suas principais esquetes no YouTube.

Ainda em abril, quando a companhia entrou no app de mensageria, Natalia Weber, que cuida do planejamento criativo do Porta dos Fundos, explicou a Mobile Time que o canal não é automatizado (bot), mas tem uma “transmissão orgânica” das mensagens para os usuários. Ou seja, o envio e a gestão de conteúdo são feitos pela equipe de redes sociais da produtora.

No WhatsApp, o Porta dos Fundos tem como intuito ser “um grupo de família completa”. Na prática, a proposta da trupe é oferecer aos seus usuários:

  • Gifs;
  • Figurinhas (stickers);
  • Enquetes;
  • Recomendação de esquetes do acervo;
  • Cortes de vídeos;
  • Memes;
  • Vídeos especiais de bom dia.

Além de esquetes no canal, novos projetos e iniciativas produzidas pela produtora devem entrar no canal.

Experiência

Tela de celular do canal do Porta dos Fundos no WhatsApp

Tela do Portaria, o canal do Porta dos Fundos no WhatsApp (divulgação: assessoria)

Como o trabalho de criação foi feito internamente e sem apoio de um broker de mensageria, as tratativas do Porta dos Fundos foram feitas diretamente com a Meta. Parte desta relação vem de um primeiro canal que a companhia teve no Instagram.

“Começamos pelo canal de transmissão no Instagram e vimos que é muito legal ter um canal em que podemos ser mais diretos com a audiência. Podemos colocar bastidores, passar informações, criar oportunidades para que eles votem e influenciem em algum conteúdo nosso”, explicou. “Essas ferramentas nos dão opções como enquetes e reações, daí fica mais fácil apurar esses votos e todos visualizam o resultado. No Instagram, há como abrir caixinhas de perguntas também”, exemplificou.

Mas o time de redes sociais do Porta não descarta a utilização de um robô conversacional na comunicação do canal.

“A vontade de ter um bot bateu na gente, se rolar, pode ser algo concomitante. Com o canal de transmissão, queremos reunir mais fãs e continuar mantendo uma comunicação com eles, que seja divertida e informativa”, disse Weber. “Nossos fãs são bem sacanas e sabem que tudo que fizermos terá humor, e sempre manteremos isso. Com o tempo e com o crescimento, nós podemos viabilizar mais conteúdos exclusivos e até avaliar oportunidades de monetização usando o canal”, completou.

Imagem principal: Arte criada por Nik Neves para Mobile Time