O site de venda de produtos artesanais Elo7 lançou este mês a sua versão em aplicativo móvel para Android e iOS. Sua expectativa para o final do ano é de registrar 3 milhões de downloads somando as duas plataformas e ter entre 30% e 40% das vendas provenientes de celulares e tablets.

O Elo7 existe desde 2008 na forma de site na web. No ano passado, tomou a decisão de entrar no ambiente móvel. "Notamos um forte crescimento do tráfego móvel em meados do ano passado. A cada mês aumentava alguns pontos percentuais. O problema é que o nível de conversão no celular era ruim", relata Carlos Curioni, CEO do Elo7. O primeiro passo foi criar uma versão móvel do site, lançada em agosto do ano passado. Depois, começou o desenvolvimento dos apps nativos, tarefa executada por sua equipe interna de TI. "O app dá uma experiência melhor, em termos de velocidade, com páginas nativas", explica o executivo. Atualmente 40% do tráfego do Elo7 provêm de celulares e tablets.

Números

A plataforma do Elo7 é utilizada hoje por 55 mil vendedores. São artesãos que fabricam produtos variados, como carteiras, roupas, mochilas, itens de decoração etc. A categoria mais popular é a de produtos para festas. Seu grande benefício é servir como uma vitrine e facilitar a venda para todo o Brasil de qualquer artesão. "Temos gente do Norte vendendo para o Sul, gente do Sul vendendo para o Centro-Oeste etc", comenta Curioni. Cada vendedor cria a sua própria página, publica fotos dos produtos e define seus preços. Não há cobrança pela adesão e nem mensalidade pela manutenção da página. Mas a cada venda a Elo7 retém uma comissão de 12% que já inclui o custo do processamento do pagamento, que hoje é feito via MoiP e Paypal. Em 2014 o Elo7 registrou R$ 170 milhões em vendas de seus participantes. A expectativa é movimentar R$ 350 milhões este ano.

Próximos passos

O Elo7 chegou recentemente à Argentina, mas ainda sem uma versão do app para o país vizinho. Ainda este ano, o site será lançado em mais um mercado da América Latina, adianta seu CEO, sem revelar o nome, contudo.

Quanto à mobilidade, Curioni entende que o maior desafio daqui em diante é estimular o engajamento dos consumidores através do app e garantir uma experiência transparente, independentemente do canal acessado. "A experiência precisa ser parecida em todos os canais. Tem gente que começa uma busca no app e termina no desktop e vice-versa. Essa continuidade do processo é um desafio", comenta. Além disso, um app voltado para os vendedores está em desenvolvimento e será disponibilizado nos próximos meses.

 

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