| Originalmente publicada no Teletime | Em entrevista no programa A Voz do Brasil veiculada nesta quarta-feira, 22, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, voltou a destacar a posição do governo sobre o leilão de 5G: adiar para o ano que vem e deixar decisões para o presidente Jair Bolsonaro.
Sem especificar muito, Faria disse que o leilão de 5G “é um assunto do presidente”, e que o papel dele no Minicom é de “cuidar, receber os players do setor, conversar com eles, saber as expectativas e o que eles podem oferecer”. Ele repassa então a Bolsonaro. “É dele que vai partir a decisão de quem ele deseja que fique com o 5G no Brasil”, afirma.
O ministro não chegou a comentar em que sentido Bolsonaro tomaria tal decisão, mas provavelmente estava se referindo à questão da possibilidade de uso de equipamentos da Huawei e da ZTE no 5G por parte das operadoras. Naturalmente, o processo do leilão de frequências não deveria ter interferência do governo federal para selecionar ganhadores.
Novamente sem entrar em detalhes, o líder do Minicom disse que o assunto do leilão de 5G chegou a ser comentado na reunião do G20, evento virtual que contou com a participação do ministro da Economia Paulo Guedes no último sábado, 18. “É um assunto que o mundo todo está esperando”, disse ele.
Como se sabe, os Estados Unidos têm pressionado países aliados a banir a Huawei na infraestrutura de quinta geração. Na mesma medida em que o governo tem falado de forma mais aberta sobre um viés político, e não técnico, para o leilão, uma decisão oficial e final ainda não foi tomada.
Para 2021
Faria confirmou mais uma vez que o leilão agora está marcado para o primeiro semestre de 2021. O motivo, ele disse, foram os problemas que a pandemia do coronavírus trouxe para a realização de testes de campo para avaliar interferências da faixa de 3,5 GHz nos sistemas de TV parabólica (TVRO).
O ministro esteve presente na celebração ao aniversário de 85 anos do programa A Voz do Brasil no ar.