O Banco Central oficializou o casamento entre open banking e Pix com a publicação, nesta quinta-feira, 22, do regulamento que cria a figura do iniciador de pagamento instantâneo. Sites e apps de comércio eletrônico, redes sociais e mensageria, por exemplo, poderão participar do arranjo do Pix com esse novo papel de iniciadores de pagamento, previsto para a terceira fase do open banking brasileiro, que entra em vigor a partir de 30 de agosto. Os detalhes constam da resolução 118 do BC.

Do ponto de vista do consumidor, a novidade é que o procedimento de pagamento por Pix dentro de sites e apps de comércio eletrônico, redes sociais e mensageria acontecerá de maneira mais integrada com os sites e apps dos bancos. Hoje, ao escolher pagar com Pix dentro de um site ou app de comércio eletrônico, rede social ou mensageria, o usuário precisa copiar os dados do QR Code de pagamento, abrir o app onde tem sua conta e colá-los de volta para conseguir concluir a transação. Ou então precisa abrir o app do banco e fotografar o QR Code. Mas se o site ou app de comércio eletrônico, rede social ou mensageria for um iniciador de pagamento, ele poderá chamar o site ou app do banco escolhido e abrir uma sessão deste diretamente na tela de pagamento, já com os dados da transação preenchidos, demandando apenas a autenticação do usuário para concluir o pagamento. E, depois, a experiência retorna, também automaticamente, para a interface do site ou app do varejista, rede social ou mensageria. É um procedimento mais fluido e simples. Essa integração entre os sistemas do site ou app e-commerce, rede social ou mensageria e dos bancos depende do regulamento do open banking, que vai obrigar todas as grandes instituições financeiras a oferecerem uma API para iniciadores de pagamento a partir da sua fase 3. 

De acordo com o regulamento publicado pelo BC, a partir de 30 de agosto, será possível iniciar um pagamento com Pix com a inserção manual dos dados da chave Pix do recebedor. Depois, em 30 de setembro, esses dados poderão ser preenchidos automaticamente pelo iniciador (que muitas vezes é também o recebedor da transação, pois é o vendedor do serviço ou produto). E a partir de 1º de novembro será possível ao iniciador de pagamento disponibilizar um QR Code dinâmico ou estático para Pix.

Vale lembrar que o Pix será apenas a primeira forma de pagamento a ser explorada pelos iniciadores de pagamento, no âmbito do open banking. Outros tipos de pagamento, como transferências por TED e DOC, serão disponibilizadas mais tarde.

 

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