Há cerca de 10 anos foi aprovada a lei que regulamentou as instituições de pagamento. O projeto permitiu a entrada de dezenas de fintechs no mercado brasileiro e, com isso, aumentou a concorrência no sistema bancário do País. Para avaliar esse período (até dezembro de 2022), a associação de fintechs Zetta, encomendou um estudo para a Fipe. A partir do critério de que uma fintech deve ter informações públicas e estar na base de dados do Banco Central, o estudo detectou 58 instituições de pagamento e 13 bancos digitais. A principal penetração dessas empresas no mercado está na oferta de cartão de crédito, que, juntas, somam 16,8% de fatia de mercado.

Outro ponto avaliado pelo estudo foi com relação às tarifas dos bancos. A pesquisa apontou que houve economia de R$ 7,9 bilhões em tarifas bancárias no último trimestre do ano passado. Se não houvesse uma concorrência mais forte no mercado financeiro, os custos de tarifa para o cliente seriam de R$ 21,6 bilhões no mesmo período, e o valor observado foi de R$ 13,7 bilhões, uma diferença de 36,8%. Vale dizer ainda que a média das taxas caiu de R$ 35,22 para R$ 22,27.

Nos depósitos à vista e contas de pagamento, as fintechs têm um market share de 10,3% e no crédito pessoal não consignado, 10%. Nos depósitos a prazo, as fintechs são responsáveis pela captação de 8,3% do total.

Segundo a Zetta, o estudo mostra a importância da entrada das fintechs para o aumento da concorrência.

Para a realização do estudo, a Fipe utilizou dados públicos do Banco Central e do Banco Mundial.

 

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