O jogador brasileiro usa diferentes dispositivos para jogar, segundo uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos e Negócios em Marketing Digital da ESPM, em conjunto com a desenvolvedora de games Sioux e a Blend New Research, empresa de pesquisa de mercado. O PC é o equipamento mais popular, utilizado por 85% dos respondentes. O celular, no entanto, vem em seguida, usado por 73%, porcentagem acima dos tradicionais consoles, dispositivo citado por 66% dos entrevistados. Por fim, vêm os tablets, com 31%. “Antes era preciso um console para jogar em casa. Hoje, pode-se jogar de vários lugares”, diz o professor do curso de Game Marketing da ESPM, Guilherme Camargo.
Dos 73% que jogam em smartphones, 71% o fazem online, o que mostra a importância da conexão 3G e Wi-Fi para os jogadores. Os entrevistados preferem jogar em casa (71%), durante o trajeto para casa (52%) e na sala de espera (52%). O tempo médio gasto em jogos no celular é de 2h40 por dia.
A pesquisa foi realizada com 823 pessoas de 14 a 84 anos em setembro deste ano. Entre as pessoas que declararam jogar algum game eletrônico, 59% eram homens, com uma média de idade de 35 anos. As mulheres, portanto, representam 41%, com uma média de 32 anos.
A maioria dos respondentes (70%) utilizam celulares com sistema operacional Android. Outros 9% usam Windows Phone, e 6%, iPhone. A maioria dos usuários de tablet também tem dispositivos Android (71%), seguidos de iPads com 18%.
Monetização
Sobre o consumo dos jogos, o estudo revelou que 81% dos entrevistados atualmente só baixam jogos gratuitos. Desses, 53% já pagaram por jogos em algum momento, e 86% dos que pagaram acharam que a compra valeu à pena. O preço máximo pago pelos jogos é de R$ 5, citado pela maioria (98%) dos respondentes.
O modelo freemium (download gratuito mas com compras in-app) parece ser o mais eficaz no caminho da monetização. Dos 81% que só baixam jogos gratuitos, 34% já pagaram por itens dentro dos jogos. “Depois que o usuário entrou no jogo, é mais fácil comprar algo, e 84% dizem que comprariam novamente”, afirma o presidente da Blend New Research, Lucas Pestalozzi.