As crianças brasileiras estão ganhando um smartphone próprio cada vez mais jovens. É o que revela a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre o tema. Em um ano, na faixa etária entre 4 e 6 anos de idade, aumentou de 23% para 30% a proporção de crianças com smartphone próprio, quando comparado com a edição da mesma pesquisa em 2018. Ao mesmo tempo, nessa faixa etária, caiu de 16% para 10% o percentual de crianças que não acessam nenhum smartphone (não têm o aparelho e nem usam o dos pais). Por sua vez, no grupo entre 7 e 9 anos, subiu de 44% para 50% o percentual de crianças com smartphone próprio.
Os números se referem a crianças cujos pais acessam a Internet e possuem smartphone. Foram entrevistados entre 21 e 25 de setembro 1.580 brasileiros que acessam a Internet, possuem smartphone e são pais de crianças de 0 e 12 anos. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Em uma análise de acordo com o gênero da criança, nota-se que ter um smartphone próprio é mais comum entre os meninos (44%) do que entre as meninas (39%) – os percentuais neste caso se referem à média de 0 a 12 anos.
No total, 83% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos acessam um smartphone, seja próprio ou emprestado dos responsáveis. A proporção teve uma pequena queda em um ano, mas dentro da margem de erro da pesquisa – em 2018 eram 85%.
O desejo pelo smartphone começa cedo. Mal aprendem a falar as crianças pedem um celular de presente. Esse pedido já foi feito por 40% das crianças até três anos de idade, informam seus pais. O percentual cresce gradativamente, chegando a 96% entre as crianças de 10 a 12 anos.
Para 45% dos pais, os amigos dos filhos são quem mais influenciam as crianças a quererem ter um celular. Somente 13% entendem que eles próprios, ou seja, pai e mãe, influenciam nesse aspecto.
Chama a atenção a presença de uma linha móvel em 70% dos smartphones próprios das crianças brasileiras. O percentual cresce conforme a idade. Na faixa entre 4 e 6 anos, 41% das crianças com smartphones têm uma linha celular. Esse percentual sobe para 69% no grupo de 7 a 9 anos e chega a 80% naquele entre 10 e 12 anos.
Diversos estudos indicam que o uso excessivo de smartphones é prejudicial para o desenvolvimento de crianças. Por isso, 72% dos pais brasileiros restringem a utilização do aparelho pelos filhos. Contudo, a média de horas por dia na frente do smartphone é alta e aumenta conforme a idade da criança. Na faixa entre 10 e 12 anos, por exemplo, 32% das crianças usam o aparelho por quatro horas ou mais por dia, estimam seus responsáveis.
O relatório completo pode ser lido aqui.