O Facebook terá o seu próprio telefone celular. A notícia, que circula como boato há alguns meses, parece que finalmente está se mostrando verdadeira. Segundo matéria publicada na última segunda-feira, 21, pelo site All Things D e repercutida por boa parte da imprensa internacional, a rede social teria firmado contrato com a HTC para a fabricação do aparelho. Embora as duas companhias não confirmem a informação, parece que agora é para valer, a julgar pela ampla repercussão da notícia e pelo grau de detalhe das informações divulgadas. O lançamento aconteceria em um prazo de 12 a 18 meses. O produto usaria o sistema operacional Android, mas seria totalmente adaptado para ter o Facebook como centro de todas as ações. É provável, por exemplo, que funcionalidades como a câmera sejam integradas com a rede social para o rápido compartilhamento de imagens. Outro detalhe importante: o aparelho daria ênfase a aplicativos em HTML5, linguagem de web compatível com a maioria dos sistemas operacionais móveis.
Análise
A iniciativa do Facebook traz novamente à tona a discussão sobre o controle da experiência do usuário. Por anos, isso esteve nas mãos das operadoras móveis, que o perderam com o advento dos smartphones e seus sistemas operacionais baseados em download de aplicativos, como o Android e o iOS. Agora, provedores de conteúdo entram nessa briga. O Facebook não será o primeiro nessa onda. Antes dele veio a Amazon, com seus e-readers e, mais recentemente, com seu tablet Android, o Kindle Fire. Ou seja, os provedores de conteúdo, ou pelo menos os de grande porte, não querem mais ser coadjuvantes na tela dos smartphones e tablets, com um ou outro ícone de app. Há espaço e oportunidade para controlarem a interface como um todo. Quem será o próximo a se aventurar por esse caminho?