Durante o evento Global MBB Forum, dedicado ao mercado de banda larga móvel e organizado esta semana em Londres pela Huawei, quase uma dezena de operadoras europeias mostraram de que maneira estão planejando suas estratégias para a quinta geração (5G) de serviços móveis. E uma das palavras mais usadas por todas elas foi “cooperação”. Parece haver um consenso de que não é possível que a tecnologia de 5G se desenvolva plenamente sem um esforço de troca de experiências e modelos entre as próprias operadoras mas, sobretudo, entre as operadoras e diferentes setores da economia que serão impactados pelo universo da quinta geração. Henry Justin Calvert, head de redes da associação GSMA, foi bastante direto nesta questão: “Se não houver colaboração muita gente vai errar. O grande desafio dessa realidade 5G é a fragmentação da cadeia de valor”.
Alex Jin Sung Choi, SVP de inovação e pesquisa tecnológica e head do T-Laboratories Innovation da Deutsche Telekom, diz que essa cooperação precisa acontecer intensamente a começar pela relação entre os fornecedores e as operadoras. “Uma parte importante do 5G passa por inteligência artificial e por computação nas pontas da rede (edge computing), que é algo que as empresas de telecom nunca fizeram sozinhas”.
Jacob Groote, EVP de mercados corporativos da KPN, listou quase uma dezenas de casos de parcerias que a operadora holandesa tem feito com diferentes mercados verticais para IoT e para banda larga móvel, já com foco em 5G. “É necessário entender o que importa no negócio de cada uma das empresas. Precisamos ouvir os setores. Nosso papel é integrar diferentes parceiros e diferentes clientes, porque os problemas são parecidos em todas as empresas”, afirmou. “5G é sobre criar novos modelos de negócio. Cabe a nós a criação dos primeiros ecossistemas”, concluiu. Howard Watson, CTIO da BT/EE, vai na mesma linha: “o sucesso da 5G só virá da cooperação”.