A Whoosh (Android, iOS) terminou o primeiro mês de atividade na cidade de São Paulo com 60 mil viagens e mais de 140 mil quilômetros rodados com o aluguel de patinetes elétricos. Em conversa com Mobile Time, o CEO da companhia, Francisco Forbes, revelou ainda que a plataforma de mobilidade urbana acumulou 60 mil usuários desde dezembro.

A companhia completou um mês de atividade na capital paulista no último dia 13 de janeiro e tem atuado principalmente na região da subprefeitura de Pinheiros (leia-se Itaim Bibi, Pinheiros, Vila Madalena, Jardins). A empresa começou a operação com 1 mil patinetes.

Neste primeiro mês, Forbes reforçou que não houve acidentes graves (que demandam o acionamento de seguro) em São Paulo. Ainda assim, o executivo percebe dinâmicas diferentes da capital paulista, ante as outras operações que a Whoosh possui em Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

“Sabemos da complexidade na maior cidade da América Latina. É a maior e mais complexa. Tem um comportamento especial que observamos. Começamos a sentir o uso do transporte mais para o trabalho. Em Porto Alegre, 50% dos usuários são recorrentes (também usam para se locomover para o trabalho). É uma lógica que deve replicar em SP.  É o contrário do Rio de Janeiro, aonde as viagens acontecem mais aos finais de semana quando é o pico do turismo na cidade”, explicou.

Forbes afirmou que o papel da Whoosh é estar “no cruzamento dos modais de transporte público”, em complemento ao metrô e ônibus, por exemplo, colaborando para o usuário fazer a última milha (entre 1,68 km e 3,5 km).  Por isso, a companhia busca atender pontos da cidade onde há cruzamento de vários modais, como o Largo da Batata em São Paulo, que tem usuários ônibus, metrô e bicicleta.

Com isso, a companhia consegue 80% de economia ao usuário em uma viagem, se comparado com as viagens com carros particulares. Um índice que pode chegar a 90% de economia em horário de pico.

Expansão da Whoosh

Com planos de aumentar de 1 mil para 3,5 mil os patinetes disponíveis na cidade de São Paulo até o fim de 2025, o CEO da empresa explicou que o plano está em curso e que os patinetes já estão no Brasil. Só depende da aprovação que feita por cada subprefeitura, como exigido no credenciamento.

Forbes explicou que as próximas regiões devem ser Centro (Sé e Paulista), Zona Norte (Freguesia do Ó), Zona Oeste (Barra Funda) e Zona Leste, além da zona sul com a Vila Mariana para atender os parques da região (vide Ibirapuera e parque da Aclimação).

A Whoosh também planeja aumentar o número de pontos de retirada de patinetes. Atualmente com 88, a companhia deve ampliar para 450. Esses pontos ficam localizados em locais públicos (estacionamentos, calcadas) que permitam fácil acesso aos usuários e dependem de plano arquitetônico e urbanístico que precisam ser entregues à administração municipal.

Apesar da legislação limitar a um ponto a cada 200 metros, Forbes explicou que a demanda está em alta por mais estações de patinetes, em especial nos prédios comerciais da região da Avenida Faria Lima. O executivo explicou que são mais de 100 pedidos de instalação na região.

Relação com a prefeitura

O executivo afirmou que a relação da Whoosh com a prefeitura tem sido frutífera. Isso inclui principalmente a CET, que recebe e aprova a instalação dos pontos. O CEO também tem se engajado com os legisladores, em especial a vereadora e cicloativista Renata Falzoni.

Forbes tem conversado com Falzoni para usar a equipe de campo da plataforma para fazer um relatório das ciclovias de São Paulo e fornecer esses dados para a prefeitura fazer manutenção e melhorias.

Paralelamente, a companhia compartilha dados com a administração municipal de forma a colaborar com a engenharia de tráfego e trânsito da cidade. A Whoosh envia dados de quantas viagens são realizadas, sua duração etc.

”Diferentemente de qualquer outra operação, nascemos integrados”, disse. “O analytics que envio para a CET é o mesmo que uso aqui. Inclusive é usado para mostrar o preço público que pagamos para a prefeitura. Eu mostro para prefeitura a demanda (pelos patinetes)”, completou.

 

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