FacebookO Facebook (Android, iOS) fechou acordo para restaurar o compartilhamento de notícias na Austrália. Com a resolução, usuários e empresas de notícias e editoras podem voltar a compartilhar links.

Depois de retornar à mesa de negociação na última segunda-feira, (22), o Facebook informou que restauraria o compartilhamento e a visualização de links de notícias na Austrália. A rede social ganhou mais tempo para negociar uma proposta de lei que exigiria que pagasse pelo conteúdo de notícias que aparecem em seu site. De acordo com várias emendas ao código, a plataforma terá mais tempo para fechar acordos com as editoras, de forma que não seja  forçada a fazer pagamentos imediatamente. As alterações também sugerem que, se as plataformas digitais tivessem contribuído significativamente para a indústria de notícias australiana, essas empresas poderiam evitar o novo código totalmente, pelo menos por enquanto.

Em troca, o Facebook concordou em restaurar links de notícias e artigos para usuários australianos “nos próximos dias”, de acordo com um comunicado de Josh Frydenberg, tesoureiro da Austrália, e Paul Fletcher, ministro de comunicações, infraestrutura, cidades e artes.

No comunicado à imprensa, William Easton, diretor administrativo do Facebook Austrália e Nova Zelândia, explicou que a empresa estava preparada para lançar o Facebook News e aumentar significativamente os investimentos com editoras locais. No entanto, estavam esperando as regras corretas entrarem em vigor.

Na última quinta-feira (18), a rede social tinha bloqueado a opção de compartilhamento de notícias, enquanto a nova lei se aproximava da aprovação, chamada de News Media and Digital Platforms Mandatory Bargaining Code (Código de negociação obrigatório para plataformas digitais e mídia de notícias, na tradução). A legislação inclui um código de conduta que permitiria às empresas de mídia negociar individualmente ou coletivamente com plataformas digitais o valor para exibir e vincular seus conteúdos.

O Facebook alegou na época que a lei proposta interpreta mal a relação entre a plataforma e as empresas de conteúdo que usam a rede social para compartilhar suas reportagens. Com isso, não só páginas de distribuidores de conteúdo como jornais e revistas foram bloqueados, como também a página do próprio Facebook, assim como dezenas de outras pertencentes a instituições de caridade, pequenas empresas, serviços públicos e de governos foram removidas.

 

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