O programa OpenRAN do CPQD com a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), OpenRAN@Brasil, deve chegar a sua terceira fase no segundo trimestre de 2024, mas ainda depende do aval do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). A informação foi compartilhada por Gustavo Corrêa Lima, gerente de soluções de conectividade do centro de pesquisa de Campinas, em conversa com Mobile Time.

Durante o Roadshow dos Centros de Competência Embrapii na sede Fiesp na última quarta-feira, 21, Correa explicou que atualmente o projeto está no meio da segunda fase e deve caminhar para a terceira fase neste ano. De acordo com o executivo, a primeira etapa foi ligar um ponto a outro no Sudeste do Brasil com uma rede no padrão aberto na Praia Vermelha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, ligando o laboratório do CPQD, em Campinas. A segunda etapa foi a criação do core de rede.

A expectativa é que a terceira fase faça a conexão com PoPs (ponto de presença) em cada região brasileira (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), além de convocação para testes de aplicações OpenRAN em segmentos como agronegócio e indústria.

Centro de Competência

Na última quarta-feira, o CPQD recebeu um incremento ao investimento do seu projeto do Centro de Competência do OpenRAN, R$ 60 milhões adicionados pela Fapesp a outros R$ 60 milhões já destinados pela Embrapii via Programa Prioritário PPI IoT/Manufatura 4.0. Porém, um ponto que não foi esclarecido na assinatura do convênio é que esse investimento será aplicado ao longo de três anos e meio e o projeto precisa ser submetido à fundação paulista para aprovação.

Ainda assim, Corrêa Lima ressaltou que o projeto é uma iniciativa significativa, pois posiciona o Brasil no contexto do desenvolvimento do OpenRAN, além de reter talento para evitar a evasão de pesquisadores (fuga de cérebros ou brain drain), permite intercâmbio com pesquisadores de fora e pode até permitir spin-offs de empresas criadas por cientistas dentro do CPQD.

Imagem principal: Gustavo Corrêa Lima, gerente de soluções de conectividade do centro de pesquisa do CPQD (Crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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