As revelações de Edward Snowden sobre a espionagem feita pelo governo norte-americano tiveram como consequência não apenas um mal-estar diplomático internacional, mas também a proliferação de serviços de segurança em comunicação. Ganharam destaque na mídia projetos de desenvolvimento de smartphones criptografados, como o Blackphone, da Silent Circle, e o GT1, da Sikur. Agora, a CellularOne, empresa brasileira de projetos em telecomunicações, também entra nesse mercado, como representante no país da sul-africana Seecrypt, desenvolvedora de um serviço para criptografia de comunicação móvel.

O serviço funciona por meio de software. Um app é instalado nos celulares dos clientes. É possível encriptar chamadas, mensagens de texto e arquivos de dados. A comunicação criptografada acontece sobre a rede de dados das operadoras móveis. Só é possível realizar a comunicação segura entre linhas do mesmo cliente da CellularOne. Em caráter promocional, a empresa está vendendo o serviço ao preço de US$ 100 por ano para os 10 mil primeiros clientes. O público alvo são executivos de alto escalão, escritórios de advocacia e políticos, explica o CEO da CellularOne, Lamartine Holanda.

Projetos no interior

A venda do serviço de criptografia de chamadas representa apenas parte do trabalho da CellularOne. A empresa também atua na área de projetos de telecomunicações. Um dos seus focos é a montagem de redes móveis autônomas de curto alcance, para uso em áreas remotas, especialmente por forças de segurança, mas também para o agronegócio. São instaladas picocélulas para a substituição de redes tradicionais de rádio. Para isso, são usados equipamentos da TriaGnoSys, da qual a CellularOne é representante no Brasil.