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A Snap fará uma oferta privada de débito até 2025 no valor de US$ 750 milhões. A informação foi publicada pela controladora da Snapchat (Android, iOS) e da marca Spectacles nesta quinta-feira, 23, junto à SEC, órgão similar à brasileira CVM.

Na proposta, o débito de US$ 750 milhões será oferecido em forma de notas conversíveis com validade para daqui a cinco anos. Aos investidores de primeira hora, a companhia dará uma opção extra para comprar mais US$ 112,5 milhões em débito.

Na prática, essas notas funcionam como promissórias. A vantagem desse tipo de operação em relação à compra direta de ações é que o investidor recebe o valor investido de volta ou parte do equity da empresa em um cenário positivo.

O equity a ser compartilhado é determinado pela empresa que emitiu o débito. Neste caso, a Snap terá três opções de retorno ao investidor: dinheiro, ações de série A e combinação de ação e dinheiro. As taxas de juros e de conversão inicial serão reveladas posteriormente.

Com o montante angariado, a Snap pretende comprar empresas e usar para gastos gerais corporativos.

Saúde financeira

Importante dizer que a companhia teve um bom primeiro trimestre de 2020, sendo que historicamente os três primeiros meses do ano costumam ser os mais fracos da Snap. No relatório apresentado na terça-feira, 21, a empresa computou 229 milhões de  usuários ativos diários (DAUs), um aumento de 20% ante 190 milhões do primeiro trimestre de 2019. A receita média por usuário cresceu 20%, de US$ 1,68 para US$ 2,02 com destaque para o crescimento da publicidade em vídeos e jogos.

Em finanças, a companhia apresentou 44% de crescimento em receita, saltando de US$ 320 milhões para US$ 462 milhões, na comparação ano a ano. Contudo, os gastos operacionais foram da ordem de US$ 298 milhões, um aumento de 20%. Com isso, a Snap mantém um prejuízo líquido de US$ 306 milhões, menor que os US$ 310 milhões de um ano antes.

 

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