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A equipe do Facebook-WhatsApp se reuniu na última quinta-feira, 22, com o Procon-SP para esclarecer as dúvidas sobre a atualização nas políticas de privacidade da empresa, que acontece a partir do 15 de maio deste ano. Contudo, o regulador notificará a empresa para esclarecer mais alguns pontos.

Em nota, o diretor executivo do órgão, Fernando Capez, disse que esses questionamentos são importantes para esclarecer “qual será a mudança em termos de perda de garantias de sigilo e privacidade”. Entre os novos questionamentos, estão:

  • Qual será a mudança na política de privacidade, na conta P2P e Business?
  • Tipo de aviso de caráter preventivo feito pela companhia aos usuários das contas WhatsApp Business?
  • Se será possível que a conta de WhatsApp Business seja compartilhada com o Facebook enquanto prestador de serviço?
  • Em compartilhamento de dados para o Facebook atuar como prestador de serviço, se será autorizado acesso ao histórico de dados anterior à mudança (15 de maio), sem que haja consentimento expresso do usuário?
  • O motivo para ter sido criada uma plataforma específica para a utilização desse novo tipo de conta na EU e Inglaterra, e por quê não foi criada no Brasil?
  • E por quê o WhatsApp não mantém a política de privacidade atual?

Outro lado

Procurado pelo Mobile Time, o WhatsApp informou que: “Vê como positiva a oportunidade de esclarecer informações a respeito da atualização de sua política de privacidade e reitera a colaboração com o Procon-SP”.

A empresa reforçou sua “disponibilidade para cooperação com as autoridades brasileiras” e diz que seguirá “prestando as informações necessárias”, tanto para as autoridades quanto para seus usuários.

Entenda

Em janeiro deste ano, o WhatsApp atualizou seus termos de privacidade. O novo texto informava que o app de mensageria iria compartilhar dados de transações financeiras. O intuito seria deixar mais transparente os dados coletados e compartilhados entre as empresas do grupo Facebook e permitir a chegada do Facebook Pay (também conhecido como WhatsApp Pay).

“Fornecer integrações que possibilitem a conexão de suas experiências do WhatsApp com outros Produtos das Empresas do Facebook. Por exemplo, permitir que você conecte sua conta do Facebook Pay para realizar pagamentos no WhatsApp ou habilitar a conversa com seus amigos em outros Produtos das Empresas do Facebook, como o Portal, conectando sua conta do WhatsApp”, explica o texto do novo termo.

A respeito dos dados coletados de transações e pagamentos, a política diz que, caso o usuário utilize serviços de pagamento dentro do WhatsApp, serviços de compra ou outras transações financeiras, o app de mensageria trata esses dados adicionais, como a conta para pagamento e os dados da transação. “Os dados de conta para pagamento e transação incluem informações necessárias para concluir a transação (como informações sobre sua forma de pagamento, dados de envio e valor da transação)”, justifica o texto.

A questão gerou discussão entre os especialistas e deixou os usuários preocupados e muitos acabaram baixando outros apps de mensageria, entre eles o Telegram (AndroidiOS) e o Signal (AndroidiOS), novato no ranking de apps de mensageria e elogiado por Elon Musk recentemente no Twitter.

Segundo a App Annie, o número de downloads do WhatsApp caiu no Brasil e os do Telegram e Signal cresceram depois da confusão em janeiro. Desde então, o WhatsApp aproveita o tempo extra até o dia 15 de maio para esclarecer melhor seus novos termos.

Além do Procon-SP no Brasil, o governo da Índia abriu uma investigação no mês de março contra o WhatsApp. O intuito é averiguar se as novas regras do aplicativo de mensageria ferem as regras de competitividade do País.

 

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