Laboratório de inovação em cibersegurança da Cisco

Cisco Secure CyberHub, na sede do Distrito, em São Paulo

A Cisco apresentou nesta quarta-feira, 23, duas iniciativas da empresa em cibersegurança que fazem parte do seu programa de aceleração digital, Brasil Digital Inclusivo. Batizadas de movimento CyberTech Brasil e Cisco Secure CyberHub, as novidades são respectivamente uma parceria com o Distrito para entender o universo de startups de segurança digital e um laboratório para realizar testes do gênero. As duas ações são vistas pela companhia como um canal para acelerar a discussão de segurança no digital, mas também servem para estreitar o relacionamento com startups, disse Ricardo Mucci, recém-contratado como country manager da Cisco no Brasil. “Nós temos este mesmo programa de aceleração digital em outros países. Na França, uma startup passou por M&A após participar dele”, completou o executivo.

Segundo Rodrigo Uchoa, diretor de transformação digital da companhia, a Cisco tem como intuito “observar” o mercado de tecnologia cibernética por meio do CyberHub e do CyberTech Brasil. Em sua visão, a análise desse mercado pode gerar “uma possível aquisição”, se existir sinergia e alinhamento com as tecnologias de seu portfólio.

“O Brasil vem se destacando no setor de fintechs. Começa a se destacar em healthtechs. Da maneira correta, estimulando o mercado, nós podemos ter o setor de Cybertech crescendo no Brasil. Somos um país de cultura peculiar, com caraterística investigadora, vamos a fundo na tecnologia”, afirmou Uchoa.

Outro executivo da companhia, Ghassan Dreibi, diretor de cybersecurity, afirmou que há espaço para qualquer startup, mesmo as pequenas. Inclusive, disse que as soluções podem ser simples e de consumo rápido, seja para serem usadas pelos clientes da fornecedora ou pela própria Cisco.

Espaços

Laboratório de inovação em cibersegurança da Cisco

Cisco Secure CyberHub

O movimento CyberTech Brasil é uma parceria da Cisco com o Distrito. Na sede do Distrito, na zona oeste de São Paulo, a iniciativa servirá para criar discussões no ecossistema de cibersegurança, o que engloba startups, empresas, fornecedores, governo e sociedade civil. Segundo Gustavo Araújo, CEO e fundador do Distrito, as ações vão de treinamento até análises mensais, além de espaço para startups.

“Através desse movimento vamos ajudar centenas de empreendedores a criarem seus negócios digitais no ecossistema Cisco. Ou seja, uma startup de cibersegurança passa a ter mais chance de sucesso. Teremos meet ups, hackathons, espaço dedicado para startups residentes etc”, afirmou Araújo. “Vamos lançar o inside Cybertech report, para mapear as startups de cibersegurança. Vamos lançar também um hub digital, com o banco de dados de startups de cibersegurança do Brasil. E faremos um summit em outubro”, disse.

Também dentro do Distrito, o Cisco Secure CyberHub é um espaço de coinovação, cocriação e testes de soluções de cibersegurança. O espaço tem três ambientes audiovisuais para simular a importância da cibersegurança: sala vermelha, que simula ataques; sala azul, para mostrar como funciona a defesa; e sala de operações e segurança, com análises de malware e simulação de sala de crise com orquestração de investigações de ameaças e automações de ameaças.

Fernando Zamai, líder de segurança da Cisco, afirmou que o intuito do laboratório é “investigar” as diversas variações de ataques, além de trabalhar com integrações de soluções multivendor.

O investimento nas duas iniciativas foi custeado pelo Cisco. O valor não foi revelado.

 

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