A segunda fase do open banking, que entrará em vigor em meados de julho, com o compartilhamento de dados cadastrais e do histórico de transações dos usuários, terá como primeiro impacto o aumento da taxa da aprovação de pedidos de empréstimo, prevê  Ricardo Taveira, CEO da Quanto, empresa que fornece uma plataforma de open banking para instituições financeiras.

“Hoje, os bancos, independentemente de tamanho, têm dificuldade de aprovar crédito para não-clientes, por uma carência de dados”, comenta, em conversa com Mobile Time. De acordo com o executivo, a taxa de aprovação de empréstimos solicitados por não-clientes costuma ficar entre 5% e 20%. Com a chegada da nova fase do open banking, essa taxa vai aumentar significativamente e, idealmente, uma mesma pessoa pode ter o mesmo pedido aprovado por mais de um banco, projeta. A partir daí começará um outro impacto do open banking, com a redução das taxas de juros em razão da competição entre os players.

Mas para aproveitar os benefícios do open bankig, uma instituição financeira precisa, antes de tudo, planejar adequadamente a sua comunicação sobre o tema e elaborar uma jornada que seja simples, clara e fácil para o cliente. Além disso, a proposta de valor deve ser atraente para o consumidor. “O principal desafio é como a gente vai comunicar e qual proposta de valor será adotada para convencer o usuário (a consentir o acesso a seus dados)?”, alerta Taveira.

A maior parte das experiências decorrentes do open banking acontecerá em ambiente mobile, prevê. Os apps dos bancos, por exemplo, vão mudar, com a inclusão de novas opções para não-clientes, seja uma solicitação de empréstimo, ou uma abertura de conta, ambas a partir de dados compartilhados de outras instituições. Além disso, outros mecanismos de comunicação móvel, como o envio de push notification, SMS ou mensagem por WhatsApp, serão usados para confirmar o consentimento do usuário no compartilhamento de seus dados.

O primeiro cliente da plataforma da Quanto publicamente anunciado é o banco BMG.

 

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