A segunda fase do teste piloto do Drex, ou Real Digital, vai focar na governança de contratos inteligentes. A ideia é que essa fase dure cerca de um ano, até meados de 2025. Se tudo der certo, começará em seguida a terceira fase, já com testes de casos de uso diretamente com a população, relatou o coordenador do projeto no Banco Central, Fabio Araujo, em conversa com Mobile Time após apresentação feita em pré-evento do Blockchain.Rio, nesta terça-feira, 23, no Rio de Janeiro. O Drex é a futura CDBC do Brasil, em desenvolvimento pelo Banco Central com apoio de players dos setores financeiro e de tecnologia.

A segunda fase do projeto vai primeiramente abrir para testes de soluções sugeridas pelos atuais participantes do projeto. E, ainda este ano, o Banco Central vai permitir que outras empresas possam aderir à iniciativa, propondo outras soluções de governança de smart contracts para os testes.

Araujo ressaltou que um dos pontos mais importantes que precisam ser solucionados é o de garantia da privacidade de dados à luz da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor no país.

Fabio Araujo, BC, Drex

Fabio Araujo, do Banco Central

Descentralização do Drex será dentro dos limites do BC

A descentralização do Real Digital será restrita ao “perímetro do Banco Central”, esclareceu Araujo. Será uma plataforma de criptomoeda aberta para a participação do mercado, mas que precisará respeitar a regulamentação financeira nacional, sob controle do BC.

Araujo lembrou que o “timing” do sistema financeiro é diferente daquele do sistema judiciário. Se o sistema financeiro não tiver regras, ele quebra antes de a Justiça conseguir responder aos problemas. Por isso é tão importante a sua regulamentação. “Precisamos ter um mecanismo para impedir que problemas aconteçam”, disse.

 

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