A empresa de marketing móvel Logan expande sua presença no Brasil para Goiás e Belo Horizonte. A companhia já contava com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. E, ainda este ano, as próximas praças que terão escritórios físicos serão Salvador e Porto Alegre, antecipa para Mobile Time Francesco Simeone, gerente geral Brasil do Grupo Logan e Chief Growth Officer Global da empresa. A Logan opera em 20 países e, em 2020, contabilizou 980 marcas clientes e 300 milhões de usuários em sua base global. No Brasil, está presente em 80% dos celulares.
“Entendemos que era o momento certo para expandir. A marca está consolidada e temos braços para expandir”, diz Simeone. “O Brasil é um País continental e tem várias realidades diferentes e locais diferentes, com tipologias de indústria que vão se concentrando em um estado ou em outro. Entendemos que podemos customizar soluções para cada uma dessas realidades, que podem ser ajustadas nos KPIs de cada cliente. Assim, estando presencialmente nesses lugares, acreditamos que possamos ter uma solução ainda mais adaptada ao tipo de indústria de Belo Horizonte, ou de Goiás, que podem ser diferentes da tipologia de indústria que se encontra em Brasília, por exemplo”, completa.
ZPD
Além da expansão, a Logan lançou recentemente a primeira plataforma zero party data (ZPD) da América Latina, uma modalidade de segmentação na qual o próprio consumidor oferece seus dados de forma proativa e, dessa forma, determina o que deseja receber de anúncios e compartilhar. Ou seja, o consumidor não é mais associado a um perfil de consumo a partir de comportamentos inferidos.
“O Zero Party Data é uma consequência das leis (LGPD, GDPR, por exemplo) e da conscientização do uso dos dados dos usuários”, resume o executivo. “Os dados não são mais usados de forma indiscriminada e devem ser explorados de acordo com cada consumidor. É uma forma de restaurar o diálogo com o cliente. Isso libera a preocupação e tira a frustração de receber propagandas irrelevantes. É uma novidade grande porque, além de ser uma tutela by design, ninguém poderá ser mais assertivo do que o próprio usuário”, continua.
Para início da operação, a Logan enviou para sua base de opt-in enquetes para entender o que a pessoa quer receber e pedindo o seu consentimento, dando em troca a possibilidade dele se autossegmentar, informando que tipo de propaganda quer receber”
A nova plataforma se adequa à LGPD e faz o mobile marketing se afastar ainda mais dos cookies. Simeone conta que a Logan não usa e nunca utilizou cookies, mas recupera informações sobre o usuário de forma anônima, a partir de geolocalização e dos aplicativos que o cliente tem em seu celular.
Expansão e futuro
Durante o período da pandemia do novo coronavírus, a Logan cresceu e, como todos ainda estão em home office (“só voltam quando todos estiverem 100% imunizados”, diz Simeone), a empresa terá que pensar em um escritório maior, já que a equipe triplicou desde então.
A equipe expandiu porque os negócios cresceram. O executivo explica que a empresa cresceu seis vezes no segundo trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para o futuro, a Logan deverá apresentar um projeto focado para a área de saúde e, sem entrar em detalhes, deverão anunciar em breve uma parceria com o MIT, de Boston. A empresa de mobile marketing vai expandir para outras regiões da Europa – Madri e Barcelona – e abriram recentemente escritórios na Itália e em Portugal.