O Grupo Pereira, sétimo maior varejista do Brasil, vai adicionar inteligência artificial generativa ao chatbot que atende os seus mais de 17 mil colaboradores. Um motor próprio está sendo desenvolvido a partir de modelos open source, revela o gerente de digital e inovação da companhia, Douglas Uesato, em conversa com Mobile Time durante o Startup Summit, evento que faz parte do Floripa Conecta, nesta quarta-feira, 23, em Florianópolis. A ideia é que os dados da empresa fiquem protegidos. APIs da OpenAI talvez sejam utilizadas apenas para a geração das respostas, explica Uesato.
A companha mantém desde dezembro de 2020 no WhatsApp um bot para otimizar processos de gestão e recursos humanos entre seus funcionários. A Betina, como foi batizada a assistente, realiza mais de 30 funções, como entrega de holerite, consulta de batida de ponto, adesão ao refeitório etc. Ela conversa mensalmente com 3 mil colaboradores, registra 125 mil acessos e troca 3 milhões de mensagens. A robô foi construída com a plataforma da Blip.
A Betina não é a única chatbot da empresa e nem foi a primeira. Antes dela, desde janeiro de 2020, o Grupo Pereira tem também um bot para atender especificamente os seus transportadores. Em vez de ligarem para um call center para tirar dúvidas sobre entregas e notas fiscais, os motoristas conversam por WhatsApp com esse outro robô. Atualmente, a taxa de autosserviço desse bot é de 53%. Ele também foi construído com a Blip.
O Grupo Pereira nasceu em Itajaí/SC em 1962. Hoje está presente em seis estados e no Distrito Federal, com mais de 100 unidades, entre supermercados, atacarejos, farmácias, postos de combustível e restaurantes.
*O jornalista viajou a convite do Floripa Conecta