A Ericsson enfrentou um trimestre com impacto de depreciação cambial em países emergentes, mas conseguiu compensar com melhorias operacionais e corte de custos. De acordo com balanço financeiro divulgado nesta sexta, 23, as vendas líquidas subiram 3% no trimestre, totalizando 59,161 bilhões de coroas suecas (US$ 6,952 bilhões). No acumulado do ano, o aumento foi de 8%, total de 173,352 bilhões de coroas suecas (US$ 20,371 bilhões). No entanto, considerando o ajustado com taxas cambiais comparáveis, as vendas caíram 9% por conta de "baixa atividade de negócios no Japão, Rússia e Brasil". Isso foi parcialmente compensado por crescimento na Índia, sudeste da Ásia e Oceania.

A maior região da empresa, a América do Norte, aumentou 2% no ano, com 14,4 bilhões de coroas suecas (US$ 1,69 bilhão). Na América Latina, houve queda anual de 5% e total de 5,6 bilhões de coroas suecas (US$ 658,1 milhões). No comparativo com o trimestre imediatamente anterior, no entanto, houve aumento de 11%. Segundo a Ericsson, os investimentos em banda larga móvel caíram no Brasil por conta da alta do dólar, mas isso foi parcialmente compensado por investimentos na área no México.

As vendas líquidas globais da área de redes caíram 4% e totalizaram 28,8 bilhões de coroas suecas (US$ 3,384 bilhões). Ajustado para refletir variação cambial, a queda chegou a 15%. O lucro operacional dessa área caiu 13%, mas subiu 2% com o ajustado, totalizando 2,8 bilhões de coroas suecas (US$ 329 milhões).

No total da Ericsson, o lucro operacional subiu 31%, totalizando 5,077 bilhões de coroas suecas (US$ 596,6 milhões). Nos nove meses, aumentou menos: 3%, total de 10,770 bilhões de coroas suecas (US$ 1,265 bilhão). O lucro líquido subiu 19% no trimestre, total de 4,456 bilhões de coroas suecas (US$ 523,6 milhões). Não foi suficiente para reverter a queda de 4% no acumulado, total de 6,695 bilhões de coroas suecas (US$ 786,7 milhões).

Demissões

A companhia destaca ainda uma redução no quadro profissional de 117.183 funcionários em junho para 116.240 em 30 de setembro, relacionada ao programa de eficiência de custos globais. A maioria das 1.700 demissões anunciadas na Suécia deverá ainda ser completada até o final do ano. Vale lembrar que a empresa prevê a contratação de 2,5 mil funcionários na América Latina nos próximos anos, sendo metade no Brasil.