A Apple anunciou nesta terça-feira, 23, que entrou com uma ação judicial contra a empresa israelense NSO Group. A acusação é a de que a NSO teria infectado dispositivos da fabricante norte-americana com uma ferramenta de espionagem, um spyware chamado Pegasus. A Apple informou ainda que vai investir US$ 10 milhões em pesquisas contra vigilância cibernética.
“Para evitar mais abusos e danos a seus usuários, a Apple também está buscando uma ordem judicial permanente para proibir a NSO Group de usar qualquer programa, serviço ou dispositivo da Apple”, disse a empresa, em nota. “Os acusados são hackers notórios, mercenários amorais do século 21, que criaram uma engrenagem de cibervigilância altamente sofisticada, que convida ao abuso rotineiro e flagrante”.
Em nota à AFP (Agência France Presse), a NSO negou irregularidades e insistiu que seus programas são destinados à luta contra o terrorismo e outros delitos. “Os pedófilos e terroristas podem operar livremente em refúgios tecnológicos seguros, e proporcionamos aos governos as ferramentas legais para combatê-los. A NSO Group continuará defendendo a verdade”, afirmou a israelense.