O app de streaming de áudio Deezer (Android, iOS) anunciou nesta sexta-feira, 24, a implementação de uma nova tecnologia para identificar conteúdo gerado por inteligência artificial. A ideia é que a ferramenta aumente a transparência para os usuários e proteja os direitos de artistas e compositores.
A tecnologia vem sendo desenvolvida há cerca de um ano, e visa melhorar a capacidade de detectar conteúdo gerado por IA sem que seja preciso treinar a ferramenta com um determinado conjunto de dados. O novo sistema foi desenvolvido com uma maior capacidade de generalização, de forma que com a nova ferramenta seja possível detectar músicas geradas de maneira artificial de diversos modelos generativos, como a Suno ou a Udio, por exemplo.
Através da nova função, o streaming descobriu que cerca de 10 mil faixas adicionadas por dia em sua plataforma são feitas por IA, representando cerca de 10% do conteúdo. O objetivo é que, no futuro, além de informar sobre a forma como o conteúdo foi gerado, o sistema também exclua as faixas das recomendações algorítmicas e editoriais.
Além disso, a empresa também pretende evoluir a ferramenta para que ela também seja capaz de detectar vozes de deep fakes.
A iniciativa da plataforma não é isolada. Em outubro de 2024, a plataforma assinou a declaração global sobre o treinamento de IA, assumindo sua posição contra o uso não autorizado de obras criativas para o desenvolvimento de modelos generativos.