| Publicada no Teletime | A Telefónica, controladora da Vivo no Brasil, registrou queda na receita em 2021, mas com aumento de lucro operacional. Mas a expectativa é que as operações de fusões e aquisições que o grupo espanhol têm em andamento traga resultados em 2022. Inclusive com a previsão de que o fechamento do negócio de aquisição de parte dos ativos da Oi Móvel até junho deste ano.
“Nós finalmente conseguimos alinhar todas as estrelas que precisavam ser alinhadas e obtivemos todas as aprovações necessárias pelo acordo brasileiro. Esperamos que o fechamento do negócio, digamos, no primeiro semestre. Esperamos que seja o quanto antes possível com o que resta desse primeiro semestre”, disse Angél Vilá, CFO da Telefónica, em teleconferência de resultados nesta quinta-feira, 24.
Na quarta-feira, 23, e reforçando nesta quinta, durante apresentação dos resultados financeiros, a TIM já deixou público que a expectativa seria até maio deste ano. As aprovações necessárias da Anatel e do Cade já foram tomadas, mas terceiros interessados, como a Copel, questionam o processo.
Ele destacou ainda que, assim como o CEO da Vivo, Christian Gebara, afirmou na quarta, prefere detalhar melhor a operação quando ela for concluída, mas mencionou que há “ajustes de preço de cliente para o que pagamos”. Vilá lembrou ainda das transações anteriores com a GVT e com a aquisição da Vivo da Portugal Telecom, nas quais afirma ter “entregado sinergias a mais” do que era previsto.
O CEO do grupo espanhol, Jose Maria Alvarez-Pallete, comemorou também a maior transação da história da companhia, a joint-venture com a Virgin Media no Reino Unido. Além disso, destacou a obtenção de licença de espectro na Espanha, Brasil e no mercado britânico. Alvarez-Pallete também mencionou as futuras sinergias com as fusões no Reino Unido e no Brasil, que deverão adicionar crescimento ao lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA).
Balanço
A Telefónica obteve 39,28 bilhões de euros em receita em 2021, uma queda de 8,8% no comparativo anual. Já no trimestre, o recuo foi maior: 11,3%, totalizando 9,67 bilhões de euros.
Por outro lado, o OIBDA cresceu 62,9% no ano, chegando a 21,98 bilhões de euros. Esse resultado foi positivo apesar de um último trimestre com queda de 63,7%, no qual totalizou 1,36 bilhão de euros. O lucro líquido foi de 8,14 bilhões de euros, revertendo prejuízo em 2020. Mas o resultado também foi negativo nos últimos três meses do ano passado, com prejuízo líquido de 1,2 bilhão de euros.
O fluxo de caixa livre caiu 44,8% no consolidado de 2021, chegando a 2,65 bilhões de euros. O último trimestre caiu 40,9% e totalizou 1,18 bilhão de euros.