O governo dos Estados Unidos tomou uma nova ação contra a Rússia nesta quinta-feira, 24. Com a incursão militar das tropas do Kremlin na Ucrânia, o Departamento de Comércio norte-americano, por meio do Birô de Indústria e Segurança (BIS), decidiu bloquear as exportações de material tecnológico aos russos, inclusive softwares e semicondutores.
A ideia do governo norte-americano é reduzir a capacidade militar do governo do presidente Vladimir Putin.
De acordo com a secretária de Comércio dos EUA, Gina M. Raimondo, essa é a maior aplicação de sanção comercial de uma autoridade de seu país para uma única nação, e inclui não apenas produtos, softwares e arquiteturas feitas nos EUA, mas também aqueles que levam tecnologia norte-americana.
Em nota, o BIS afirma que União Europeia, Japão, Austrália, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia devem tomar medidas disciplinares contra a Rússia.
Disputa
O bloqueio à tecnologia é mais um episódio na resposta do ocidente contra a escalada militar da Rússia na Ucrânia. Mais cedo, o premiê britânico Boris Johnson afirmou ao Parlamento de seu país que “não estava fora da discussão” a retirada da Rússia do Swift, a rede interbancária de transferência por mensageria.
Joe Biden, presidente dos EUA, disse em coletiva que a retirada da Rússia do sistema interbancário “é sempre uma opção, mas não é uma posição que o resto da Europa deseja tomar” e que as sanções financeiras já aplicadas por sua administração “excedem o Swift”.
Em entrevista à rede CBS dos EUA, a deputada ucraniana Halyna Yachenko apelou que o ocidente atue contra a invasão Rússia, em especial para tirar os russos do Swift para trazer real impacto à economia daquele país. Aos prantos, a parlamentar clamou pelo apoio dos EUA e nações europeias para tomarem ações mais enérgicas, uma vez que não aplicaram as sanções antes da invasão.
Vale dizer que a rede interbancária é controlada pelos Bancos Centrais europeu, norte-americano e japonês.