A Positivo Informática fechou 2015 com a venda de smartphones dando os únicos resultados favoráveis para a empresa paranaense: foram mais de 1 milhão de unidades vendidas, um aumento de 127%. No ano anterior, 526 mil peças fhaviam sido comercializadas.

A receita líquida com handsets foi de R$ 218 milhões, o que representa um aumento de 102% ante os R$ 108 milhões obtidos em 2014. Do total vendido ano passado, 658 mil eram feature phones e 537 mil, smartphones. O crescimento na venda dos celulares sem sistema operacional foi de 299% em relação a 2014.

De acordo com relatório financeiro apresentado pela empresa na última quarta-feira, 23, o aumento nas vendas dos handsets foi gerado por uma entrega maior nas operadoras e pelo bom desempenho da Quantum, unidade de negócios da companhia lançada em 2015. 

Prejuízo

Em compensação, o recuo das vendas de PCS, tablets e notebooks atrelado à desvalorização do Real colaborou para a Positivo fechar o ano com queda de 21% na receita líquida total, que foi de R$ 1,8 bilhão, e prejuízo líquido de R$ 80 milhões. Em 2014, a empresa registrara um lucro líquido de R$ 23 milhões.

A empresa registrou queda nas vendas em todos os mercados nos quais atua: varejo (-22,7%), governo (-19,5%) e corporativo (-16%). O Ebitda ajustado somou R$ 90,1 milhões, o que representa recuo de 37% em comparação com 2014. Um ponto favorável foi a redução do endividamento líquido da companhia para R$ 246,6 milhões, encolhimento de 12%, o menor desde 2011.

Investimentos, valor de mercado e 2016

No término do quarto trimestre de 2015, a Positivo teve sua ação cotada a R$ 1,70 e valor de mercado de R$ 149,3 milhões. Com a divulgação do resultado, os papéis da companhia brasileira estavam em queda de 2,63% às 13h desta quinta-feira, 24.

A Positivo informou que deve diminuir seu Capex em 2016. No ano passado, a empresa investiu R$ 69,6 milhões concentrados principalmente no lançamento da marca Quantum e para mover sua fábrica de Curitiba para Manaus. Neste ano serão apenas R$ 28 milhões destinados para o desenvolvimento de soluções de tecnologia educacional, melhorias no sistema ERP e manutenções gerais.

Para 2016, a companhia aposta que deve voltar a ter melhor margem e equilíbrio entre oferta e demanda, devido a novas ações como: redução do excesso de estoques, volume de vendas maior de PCs e tablets para governos, retomada das vendas do varejo com o dólar estabilizado, redução da carga tributária com a fabricação na Zona Franca de Manaus e diversificação de marcas (Quantum em smartphones e Vaio nos PCs).

A empresa ainda acredita que a desvalorização do Real perante o dólar não deve ter a mesma proporção que 2015.

 

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