Depois de duas tentativas sem nenhuma resposta, enfim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conseguiu uma reunião com o Telegram. O encontro online aconteceu na manhã desta quinta-feira, 24, com integrantes do TSE, e o advogado Alan Campos Elias Thomaz, nomeado para representar o aplicativo no Brasil.
A pauta da reunião, conduzida pela secretária-geral da Presidência do TSE, Christine Peter da Silva, continha formas de colaboração para que as eleições de 2022 sejam legítimas e seguras. O tribunal apresentou seu Programa de Enfrentamento à Desinformação, e sugeriu que o Telegram adira imediatamente ao acordo, assim como as outras plataformas. Foi enviado o termo de adesão ao aplicativo por e-mail.
Nenhuma decisão
O encontro funcionou mais como uma exposição do TSE para Thomaz. Foi explicado o histórico de atuação do tribunal contra fake news, e demonstrado como ocorreria a parceria entre as duas instituições, com o conteúdo ideal da cooperação e os procedimentos para a formalização e a manutenção dos canais de contato.
Thomaz, por sua vez, nada decidiu. Agiu como intermediário, e informou que levará a proposta do TSE aos executivos da plataforma. Ele frisou a importância da abertura desse canal de diálogo e parabenizou o trabalho do tribunal no combate à desinformação, reforçando o compromisso do Telegram no enfrentamento das notícias falsas.
Por descumprimento a decisões judiciais no Brasil, o ministro do STF Alexandre de Moraes chegou a determinar a suspensão dos serviços do Telegram no País. Em resposta, o aplicativo anunciou as medidas contra a desinformação e com isso, Moraes revogou a suspensão.