O volume de acessos à API de processamento de linguagem natural da brasileira Nama está oito vezes maior em abril do que era em fevereiro. O crescimento é atribuído ao aumento no uso de chatbots para atendimento digital em razão da quarentena.
“Muitas empresas perceberam a importância de ter um atendimento 100% digital e automatizado. E isso não vai acabar em poucos meses, mas deve se alongar até 2021. Acho que o mundo nunca voltará a ser o mesmo. E as interfaces conversacionais estão despontando”, comenta o CEO da Nama, Rodrigo Scotti, em entrevista para Mobile Time.
Outro efeito da quarentena foi despertar o interesse pelo uso de bots por verticais ou áreas dentro de empresas que antes não priorizavam esse meio de comunicação. Scotti cita especificamente os setores de educação, RH e farmacêutico entre aqueles nos quais notou um aumento na priorização de projetos com bots.
Por outro lado, houve clientes que precisaram reduzir ou congelar contratos em razão do baque em suas finanças. “Vimos que outros clientes que dependiam de demanda presencial diminuíram um pouco o passo. Alguns sofreram diretamente com a crise e chegaram ao ponto em que ou demitiam o robô ou demitiam as pessoas”, relata o executivo.
Machine learning
Paralelamente, a Nama prossegue trabalhando na evolução do seu algoritmo de machine learning em processamento de linguagem natural. Sua nova versão, recém-lançada, tem atingido rapidamente um índice de acerto de 96%, relata Scotti. A empresa avalia a possibilidade de fornecer seu motor de PLN no mercado para outras utilizações que não apenas bots. “Um dos tópicos mais quentes aqui dentro é expandir nosso NLP para fora de bots. Estamos validando isso desde o fim do ano passado”, revela.