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[Atualizado às 11h04 do dia 25h/05/2021 com retificação na comparação entre as duas tecnologias] Os testes da WEG com redes privadas em 5G revelam algumas descobertas importantes para o mercado B2B. Durante o Teletime Tec, evento virtual organizado pela Teletime nesta segunda-feira, 24, Guilherme Spina, CEO da V2COM do WEG Group, disse que as redes non standalone (NSA) são mais baratas que as redes standalone (SA), mas perdem em latência inicialmente.

“Temos duas redes, NSA e SA. No NSA, usamos a rede de controle do LTE e transmissão de dados do 5G. Enquanto a rede SA está completamente no 5G, incluindo controle e transmissão de dados. A rede NSA tem um pouco de perda de latência por compartilhar com a rede pública, mas, depende do operador (para compensar)”, explicou Spina. “NSA é mais barato de implementar, mas tem a contrapartida de compartilhar a rede privada com a rede pública”, completou o executivo da WEG.

Em um acordo costurado por ABDI junto à Anatel, a WEG atualmente faz testes de 5G com duas redes privadas em sua unidade em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Uma rede que é provida pela Claro e a Ericsson com infraestrutura convencional e outra é uma rede privativa da Nokia, virtualizada em um servidor X86.

Parcerias

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Segundo Marcela Carvalho, assessora especial da ABDI, a prova da WEG é a primeira desta parceria com a Anatel focada em indústria. Ainda haverá outros dois testes em agronegócio e cidades que serão divulgados em breve. Com o resultado dos testes, a Anatel terá dados importantes para lançar consulta pública com relação às redes privativas.

“O relatório será técnico, sobre o piloto em si. Trará os comparativos da rede (SA e NSA), as dificuldades, os atrasos de implementação etc, para ser um caminho das pedras da implementação técnica”, disse Carvalho. “Vamos aliar a parte de políticas de governo e de regulação da Anatel. A ideia é ajudar na implementação da tecnologia”, concluiu.

“Os técnicos da Anatel fizeram cálculos teóricos para analisar performance e não-interferência em outros usos privados de 3,7 GHz. Estamos pegando os parâmetros e verificando a performance da rede no ambiente real. Estamos usando esse experimento para entender os casos de uso que podem gerar valor para a indústria”, afirmou Spina.

Modelo de negócios

De acordo com CEO da V2COM da WEG, os testes com 5G permitem criar uma categoria de negócios focada na conectividade, além de incrementar a produtividade em suas unidades fabris com automação, robótica e predição: “Queremos aumentar a produtividade interna no primeiro momento e levar esse aprendizado para os nossos clientes. Estamos passando por um processo de inovação de bens de capital, entendemos que tem uma demanda grande dos clientes para compreender como usar a tecnologia”, afirmou.

“No começo, provavelmente, será mais consultivo e depois será escalada de produto. Sim, nós teremos isso conosco e com parceiros (provedores de serviço de telecom)”, prevê Spina. “Antes operadoras eram um pipe, hoje é cloud e integrador de TI: elas absorvem o Capex e vendem como serviço. O cliente maior e mais sofisticado se financia. Capex ou Opex não faz diferença para os grandes. Mas, para o cliente médio, a venda de soluções como serviço pode ser mais viável”, analisou.

 

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