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A presidente da Feninfra, Vivien Suruagy, fala sobre o prefixo 0303. Foto: Divulgação

“Ao obrigar uma empresa a usar o prefixo 0303 a cada ligação de telemarketing, quem vai atender a esta chamada? Ninguém, nunca. Pelas nossas previsões, de cara, isso já daria umas 300 mil demissões. Cerca de 63% dos empregados de call centers hoje têm entre 18 e 24 anos. Mais de 70% são mulheres, arrimos de família. Este assunto é delicado e deve ser olhado com uma lupa.” As afirmações são da presidente da Feninfra (Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática), Vivien Suruagy, em conversa com Mobile Time.

Para ela, a Anatel, ao baixar a obrigatoriedade do uso do prefixo, provocou uma mobilização no setor: três entidades, incluindo a Feninfra, entraram com uma ação de inconstitucionalidade no STF. A contraproposta das associações na Corte foi a de estabelecer o prefixo como obrigatório apenas para ligações originadas de empresas de telecom – todas as outras ficariam de fora.

“Foi uma saída regulatória que encontramos. Reconheço que precisamos ter uma solução para a importunação das ligações indesejadas. E também reconheço que nossa proposta não vai resolver o problema. A Anatel está fazendo o papel dela, provocando. Agora vamos discutir. Queremos uma discussão coordenada entre todos os setores”, afirma Suruagy.

O problema, segundo ela, não é apenas de telecom e sim de todas as empresas que utilizam o canal de televendas. “Precisamos de uma solução melhor e definitiva para o impasse”, completa.

 

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