O diretor de organização do sistema financeiro e da resolução do Banco Central brasileiro, João Manoel Pinho de Mello, espera 600 milhões de transações Pix em junho. Se concretizada a previsão apresentada no Ciab Febraban desta quinta-feira, 24, o arranjo de pagamentos instantâneos acumulará 2,7 bilhões de transações em sete meses de operação.
“Tivemos em maio 543 milhões de transações feitas no Pix e um volume acumulado de 2 bilhões de transações desde o começo. A nossa expectativa é que o mês de junho ultrapasse os 600 milhões de transações”, disse o diretor do BC. “Rapidamente o Pix já ocupa um espaço relevante entre outros meios de pagamentos que também são operados pelo Banco Central – totalmente ou parcialmente – como é o caso de TED, DOC e boleto”, completou.
Cronograma e expectativas
Pinho de Mello confirmou ainda o roadmap de evolução do Pix com: Pix troco e saque até o final do terceiro trimestre deste ano; Pix por aproximação, offline e mecanismo de devolução no quatro trimestre; e para 2022 o Pix Internacional para e o Pix Garantido (parcelamento com apoio do emissor).
Com essas novas funções, o executivo do BC acredita que haverá uma grande oportunidade de avanço para o segmento varejista, em especial nas próximas fases do arranjo de pagamento.
“Pix Troco e Pix Saque chegam para o comércio varejista no terceiro trimestre. É voluntário, mas esperamos uma enorme adesão, pois é um instrumento fantástico de inclusão social”, disse. “Muitos lugares não têm agência e caixa, o correntista precisa andar até 40 km para chegar a um ponto bancário. Nós esperamos que o varejo inclua isso como serviço para seu consumidor. Ou seja, aproveitar a infraestrutura que existe para resolver esse problema”, concluiu.
Pinho de Mello também prevê crescimento exponencial nas transações entre pessoas e empresas (P2B) e empresas e empresas (B2B).