Ao longo dos próximos três meses, os motoristas de Curitiba que pararem seus carros em uma das 200 vagas nas ruas da região do centro cívico poderão pagar pelo estacionamento através de seus smartphones. A capital parananese iniciou nesta quinta-feira, 24, o teste de uma solução de m-payment através do app israelense Pango, adotado em 50 cidades de cinco países (EUA, Israel, Grécia, Polônia e República Tcheca), dentre as quais Nova Iorque.
Para pagar pelo celular, o motorista precisa se cadastrar através do site da Pango, fornecer a placa do seu carro e comprar créditos com um cartão de crédito ou de débito. Depois, deve instalar em seu smartphone Android ou iOS o aplicativo da Pango e associá-lo ao seu cadastro. Quando estacionar em uma das vagas que fazem parte do teste-piloto, em vez de comprar o tradicional cartão de estacionamento – que no caso de Curitiba é vendido nas lotéricas – o usuário vai simplesmente abrir o app e apertar o botão "iniciar". Pelo GPS do smartphone, o sistema verifica em que lugar o carro está parado e faz o desconto do valor do estacionamento direto da sua conta pré-paga. Na capital paranaense o preço é de R$ 1,50 por hora. Na prática, é um estacionamento pré-pago, com acionamento através do celular.
O app também é capaz de estimar quantas vagas livres há por região, com base na quantidade de carros estacionados usando o serviço móvel. Trata-se apenas de uma estimativa, pois os carros que usarem o cartão impresso não estarão computados.
Paralelamente, os fiscais da prefeitura foram munidos de tablets e impressoras portáteis. Com o tablet, eles verificam se o carro estacionado pagou pela vaga com o Pango. Em caso negativo, imprimem na hora um aviso de irregularidade. Na região do centro cívico são quatro fiscais por turno. Todos receberam o aparelho.
A expectativa do diretor geral da Pango no Brasil, Daniel Cândido, é de que Curitiba faça uma licitação até o final do ano para contratar uma empresa para gerenciar esse sistema. No modelo de negócios, a Pango fica com um percentual das vendas. Paralelamente, a companhia israelense pretende apresentar sua solução para outras prefeituras de grandes cidades, assim como para empresas que gerenciam estacionamentos públicos. "O Pango pode servir também para estacionamentos privados e para pagamento de transporte público, como passagens de ônibus", acrescenta Cândido.