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Capa do relatório da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre roubo de celulares no Brasil, de julho de 2019

O brasileiro tem medo de falar ao celular na rua. Dentre aqueles que possuem smartphone, 84% declaram que evitam atender a uma chamada quando estão na rua. Para ser mais preciso, 33% afirmam que tomam esse cuidado em qualquer rua, enquanto 51% dizem que “depende da rua”. Apenas 16% garantem que sempre atendem seu telefone, onde quer que estejam. É o que informa a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre celulares roubados, que entrevistou em junho 2.532 internautas brasileiros que possuem smartphone. A pesquisa tem grau de confiança de 95% e margem de erro de 2,1 pontos percentuais. O relatório está disponível para download gratuito aqui.

A preocupação é maior entre as mulheres. 88% daquelas que possuem smartphone evitam atender chamadas quando estão na rua (42% em qualquer rua e 46%, dependendo da rua). Entre os homens, a atitude cautelosa vale para 79% deles (23% em todas as ruas e 46%, em algumas delas).

Como era de se esperar, o medo é maior entre os brasileiros que já tiveram um smartphone roubado ou furtado alguma vez na vida: 87% destes evitam atender chamadas quando estão na rua; contra 81% daqueles que nunca foram vítima.

A sensação de insegurança não é paranoia. 47% dos entrevistados nesta pesquisa já tiveram pelo menos um celular roubado ou furtado. Na média, cada vítima teve 1,57 aparelho levado por criminosos – um pouco acima daquela registrada um ano atrás pela mesma pesquisa, que era de 1,55. O problema atinge igualmente a homens e mulheres, independentemente da classe social, mas há diferenças regionais significativas. Na região Norte, 65% dos entrevistados já tiveram um celular roubado ou furtado, contra 34% na região Sul. Também há diferença por faixa etária: proporcionalmente, há mais jovens que foram vítimas desse crime (52%) do que as pessoas com 50 anos ou mais (34%).

Apesar da preocupação, somente 15% dos internautas brasileiros com smartphone possuem seguro contra roubo ou furto do aparelho, o que indica um grande potencial de crescimento na oferta desse serviço. A proporção de segurados é maior entre aqueles que já foram vítimas (19%), do que entre aqueles que nunca tiveram um celular roubado/furtado (12%). Chama a atenção o fato de a contratação do seguro ser mais popular entre os jovens de 16 a 29 anos (21%), do que entre as pessoas de 30 a 49 anos (13%), ou aquelas com 50 ou mais (11%). A explicação para essa diferença por faixa etária pode estar no fato de os jovens valorizarem mais (e dependerem mais de) seus smartphones. Também contribui o fato de muitas das ofertas de seguro para celular serem feitas através de canais digitais, com os quais os jovens estão mais familiarizados.

A notícia positiva é a queda de roubos e furtos recentes. Na edição anterior desta pesquisa, publicada em julho de 2018, 23% das vítimas haviam sido roubadas/furtadas há menos de seis meses, proporção que agora caiu para 17%. O percentual que foi vítima entre seis e 12 meses atrás, por sua vez, diminuiu de 22% para 19%. E, por fim, a proporção que foi assaltada/furtada há mais de um ano passou de 55% para 64%.

 

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