Em seu balanço financeiro sobre o segundo trimestre de 2019, a Cielo informou que registrou receita de R$ 2,8 bilhões, uma queda de 4,4% quando comparado aos R$ 2,9 bilhões de um ano antes, efeito direto da competição pelo mercado de adquirência e pela retração na economia brasileira, segundo a companhia. O total com gastos e despesas registrado foi de R$ 2,2 bilhões, aumento de 13,3% ante R$ 2 bilhões no mesmo período de 2018. O Ebitda teve uma queda de 34,7%, baixando de R$ 1,1 bilhão para R$ 748,7 bilhões.
Com isso, o lucro operacional foi de R$ 515,3 milhões, queda de 43,4% contra R$ 910 milhões do segundo trimestre do ano passado. E o lucro líquido da adquirente teve uma queda de 33%, de R$ 646 milhões para R$ 431 milhões.
O documento divulgado nesta quarta-feira, 24, diz que este resultado “foi impactado negativamente pelo reajuste do preço devido ao ambiente de mercado atual” (leia-se concorrência entre as adquirentes). Na visão da empresa, esse fator foi parcialmente compensado pelo efeito do limite da taxa de intercâmbio (fee cap) e pelo maior volume de pagamento de dois dias”, diz trecho do documento.
Operação
Com o resultado financeiro prejudicado pela competição no mercado brasileiro, a Cielo, em contrapartida, destacou os avanços operacionais. A base de clientes registrada ao final de junho foi de 1,4 milhão, um incremento de 14% ante 1,2 milhão de um ano antes.
O volume financeiro transacionado em sua plataforma saltou de R$ 151 milhões para R$ 164,5 milhões, e registrou crescimento de 9%. Com relação ao volume de crédito pago em até dois dias, a Cielo apresentou crescimento de 29% no período, de R$ 16,5 milhões para R$ 21,2 milhões, com penetração de 21,2% da base (um ano antes era 18,6%).
Ao longo do período, a Cielo vendeu 215 mil POSs, aumento de 57% em comparação às 92 mil máquinas de pagamento um ano antes, ou seja, 123 mil unidades a mais. Outro destaque operacional da empresa financeira foi a quantidade de contas digitais, um total de 104 mil.