Os varejistas online brasileiros estão mais interessados em lançar chatbots de vendas do que aplicativos de comércio móvel. É o que constata na prática Fabíola Paes, CEO da Neomode, empresa especializada no desenvolvimento de apps e bots para o varejo. Sua oferta de apps começou há cerca de dois anos e a de shopbots, como chama os robôs de vendas, há um ano. Apesar de mais recente, a produção de shopbots está prestes a ultrapassar a de apps.

“Temos 13 apps e 12 shopbots. Estou supresa. Quando desenhei o bot, não imaginei que a aceitação seria tão positiva. Estou tendo mais demanda pelo bot do que pelo app móvel”, relata a executiva. Alguns clientes da empresa, inclusive, contrataram apenas o bot. É o caso da Duty Free, da Le Postiche e da Ri Happy.

Paes lembra que existem barreiras de entrada para a adoção de apps e que os bots não enfrentam, como a necessidade de instalação e a falta de memória nos aparelhos. Porém, ela aposta que ambos vão coexistir. “A tendência que eu vejo é de os apps serem influenciados pelos bots. Mas os dois vão co-habitar. Um não vai matar o outro”, complementa.

A Neomode tem hoje cerca de 20 clientes, entre projetos de app, de shopbot ou de ambos. Os clientes da companhia registram, em média, 7% de suas vendas a partir dos apps e 4%, a partir dos bots. “São canais supernovos. Estamos testando muito. O potencial é gigante”, avalia.

Modelo de negócios

A Neomode tem uma plataforma chamada Lori que faz todo o trabalho de integração do app e/ou do shopbot com os sistemas legados do cliente. A empresa consegue fazer uma leitura em tempo real de estoques de lojas físicas, o que permite, por exemplo, a oferta de venda no canal móvel com retirada na loja mais próxima em questão de minutos.

A Lori se conecta a diferentes plataformas de e-commerce e gateways de pagamento padrões de mercado. Sua equipe técnica também realiza a integração sob medida com quaisquer outros sistemas utilizados pelos clientes. “Somos um Lego. Entendemos o varejista, vemos os sistema legado que ele usa e plugamos na Lori”, explica Paes.

Nesta semana, Mobile Time publicou matéria sobre um case de app desenvolvido pela empresa para as Lojas MM.

 

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