Take Blip, Sinch, Gupshup e Mutant têm planos de fusões e aquisições no curto e médio prazo. Seja para expansão de carteira, geográfica ou de produto. A discussão sobre o assunto aconteceu durante o primeiro painel do Super Bots Experience, evento organizado por Mobile Time que começou nesta terça-feira, 24 e que vai até sexta-feira, 27. Durante a conversa, os executivos das empresas abordaram temas como uma possível bolha no mercado de bots e as possibilidades de IPO.
“A resposta curta é sim. Estamos em discussões com empresas para M&A, explorando diversas oportunidades em especial com companhias complementares para estender as nossas capacidades”, explicou Beerud Sheth, fundador e CEO da Gupshup. Outro ponto que ele abordou foi a procura por empreendedores para ajudar a escalar a organização e ter uma equipe que ajude a empresa a crescer. “Estamos com ouvidos e olhos abertos. Temos interesse. E se alguém estiver ouvindo, estamos abertos para conversa”, convidou o executivo.
Roberto Oliveira, CEO da Take Blip, diz que a plataforma está analisando aquisições sob três perspectivas: expansão de carteira; expansão de produtos; e expansão geográfica, que pode acontecer na Europa, Estados Unidos ou mesmo América Latina. “Acredito que tem coisa interessante e espero trazer notícias em breve”, afirma.
No caso da Sinch, as fusões e aquisições estão em seu DNA, ou seja, estão em constante busca para que o “match” aconteça. O mesmo é válido para a Mutant, cuja última aquisição foi a argentina Interaxa, a quinta nos últimos três anos.
IPOs
Uma outra forma de uma empresa crescer e expandir seria com a captação de recursos, entre elas a IPO. Eduardo Endo, head de bots da Mutant, diz que uma IPO é uma das alternativas em avaliação. “Estamos no momento atendendo aos critérios para poder fazer uma IPO quando fizer sentido para a nossa estratégia”, explica.
A Gupshup, por sua vez, também se prepara para uma oferta pública inicial, mas o timing vai depender das circunstâncias e questões macroeconômicas. E a bolsa ideal para a companhia indiana seria a Nova Iorque. “IPO não é destino, mas apenas um passo. A empresa precisa estar pronta para abrir capital. Tem que fazer e acertar previsões, tem que ser um negócio previsível e escalável antes de abrir o capital”, explica.
Já para Oliveira, a Take Blip anda amadurecendo a ideia, mas ainda está distante. “A oferta pública inicial é apenas uma das opções de se captar recurso, mas existem outras maneiras de continuar crescendo. No caso da IPO, ela funciona para um determinado estágio e para gerar liquidez. Na minha opinião, tem que ter centenas de milhões de dólares de receita. E não dezenas de milhões. Particularmente, prefiro manter a empresa privada com investidores”, conta Oliveira, que continuou. “A gente não aprofundou essa ideia, mas queremos estar preparados para uma IPO.”
Super Bots Experience
A 7ª edição do Super Bots Experience, maior evento sobre o mercado brasileiro de chatbots, voice bots e inteligência artificial, começa nesta terça-feira, 24 e segue até sexta-feira, 27. Ao longo de quatro dias de programação com transmissão online, 55 executivos e especialistas participarão de painéis e palestras para debater as mais importantes tendências dessas tecnologias. Entre os participantes confirmados na agenda do evento há mais de 20 executivos C-level e fundadores de empresas.
O evento tem painéis sobre chat commerce; regulamentação de IA; consolidação do mercado brasileiro de bots; a evolução dos voice bots; novos canais para bots; e o WhatsApp como berço para startups; além de 15 palestras especiais e 10 cases. A programação completa e mais informações sobre compra de ingressos estão disponíveis em www.botsexperience.com.br ou com a equipe de eventos do Mobile Time: [email protected] / 11-96619-5888 / 11-3138-4619 (WhatsApp).