Uma análise divulgada pela Grow Mobility (Yellow + Grin) na noite desta terça-feira, 24, revela que o brasileiro acelera nos patinetes elétricos e mantém a velocidade média mais alta entre os usuários latino-americanos, 8,44 km/h. Logo em seguida está o argentino, passeando a 7,41 km/h. A recomendação da empresa é que seus usuários trafeguem a 6 km/h em áreas de pedestres e calçadas.
No Brasil, o tempo médio das viagens é de 12,3 minutos, ficando atrás de argentinos (14,6 min) e uruguaios (14,9 min). Em distância, os brasileiros registraram média de corridas de 1,73 km, novamente atrás do Uruguai (1,8 km) e da Argentina (1,81 km).
Somando, a Grow registrou 10 milhões de corridas de patinetes, bicicletas, bicicletas elétricas e motocicletas elétricas (este último apenas no México). A companhia opera em 23 cidades de sete países na América Latina, 15 dessas cidades são brasileiras.
Os dados foram obtidos por meio das corridas e das informações de GPS, desde o começo da operação em cada região. No caso do Brasil, a Grow atua desde agosto de 2018.
Meio ambiente
Sobre redução de CO2, a operação brasileira deixou de emitir 5,1 mil toneladas de dióxido de carbono. Na América Latina, esse volume foi de 9,5 mil toneladas de Co2. Os números são baseados em métricas de um estudo da Universidade de Stanford.
Bicicletas
O Brasil é o único com bicicletas e bicicletas elétricas na Grow. Em bicicletas, a velocidade média é de 9,48 km/h, a distância é de 2,52 km e o tempo de uso é de 15,97 minutos. Em bicicletas elétricas, a média é 9,37 km/h em velocidade, 12,2 minutos em tempo e 1,91 em distância.
São Paulo
Os dados da pesquisa fazem parte de um estudo da Grow enviada à prefeitura de São Paulo. De acordo com a análise, os paulistanos percorrem, em média, 700 mil km por mês. Na cidade, as corridas de bicicleta cresceram em média 13% ao mês e as viagens com patinetes aumentaram 24%.
Perfil dos paulistanos
Nota-se ainda uma concentração de corridas com bicicletas na região da Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, e da Avenida Engenheiro Carlos Berrini. Em patinetes, as viagens ocorrem em sua maioria na Avenida Paulista (região central), Braz Leme, Berrini e Faria Lima. Essas regiões destacam-se por ter: alta concentração de grandes empresas, não ter acidentes topográficos (plano) e ter ciclovias e ciclofaixas bem estruturadas (com sinalização, por exemplo).
Nos dois modais, os usuários fazem mais uso do serviço de última milha no meio da semana (quarta, quinta e sexta-feira). Por horário, o pico de viagens em bicicleta é entre 18h e 19h; em patinetes é na hora do almoço (11h-12h) e na saída do trabalho (18h-19h).
Infraestrutura de SP
No estudo, a companhia defende uma melhoria na infraestrutura da cidade. Em especial nas áreas de tráfego calmo, como regiões adjacentes que dão acesso às avenidas Faria Lima e Berrini. Outro ponto também necessário é a ampliação da malha cicloviária na cidade.