Dos três setores que fazem parte de TI (redes, servidores e armazenamento), o de redes foi o único a ter bom desempenho nas vendas durante o segundo semestre de 2019, com receita de US$ 155,7 milhões, crescimento de 3% ante o mesmo período um ano antes. De acordo com a IDC Brasil, o aporte em soluções como roteadores, switches e Wi-Fi corporativo é puxado pela transformação digital de médias e grandes empresas, de áreas como educação, hospedaria, finanças e manufatura. O resultado colaborou para o investimento em infraestrutura de TI ter um resultado com um recuo menor.
O segmento de servidores x86 teve queda de 26% com US$ 110 milhões de faturamento. Em armazenamento, o recuo foi de 42%, com um acumulado de US$ 50 milhões. Ao todo, os investimentos em TI tiveram um recuo de 18% no País, com uma receita acumulada de US$ 315 milhões.
Segundo a IDC, o motivo para a queda no investimento de TI está relacionado à expectativa dos setores público e privado para a aprovação da Reforma da Previdência, mas também pela oscilação do câmbio Dólar x Real, uma vez que grande parte das peças são precificadas na moeda norte-americana.
2019-2020
Para 2019, a expectativa é de que o mercado de redes cresça 6% ante 2018. Por sua vez, deverá haver recuo de 11% de aportes em servidores e de 14% em armazenamento. Sobre representatividade, a estimativa de é que o mercado de redes responderá pela maior fatia dos investimentos, com 47%, seguido por servidores, com 34%, e armazenamento, com 19%. Com este cenário, o mercado de TI fechará o ano em queda de 5%. Mas o IDC prevê uma alta de 2% para 2020, com um cenário político-econômico mais positivo e menos turbulento.