A conclusão do texto final do edital de 5G foi motivo de satisfação para as fabricantes de infraestrutura Cisco, Ericsson e Huawei, ouvidas por Mobile Time. Apesar de não participarem da compra de espectro, essas empresas trabalham diretamente com as operadoras para a montagem da infraestrutura das redes móveis.

Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, elogiou o modelo do leilão como “um dos mais modernos do mundo, com ênfase em universalização versus arrecadação”. O executivo disse que a empresa está pronta para colaborar com todos os atores “na criação de um ecossistema ideal para permitir que tenhamos soluções reais para as demandas de cada setor e dos usuários finais. Esperamos poder ativar as primeiras redes em algumas capitais ainda em 2021″, concluiu.

A Huawei parabenizou o Ministério das Comunicações pela conclusão do texto do edital, assim como o TCU e a Anatel “pelo excelente trabalho realizado” e considerou “positiva” sua aprovação. “Esse é um importante passo para o desenvolvimento e a retomada da economia do Brasil. A empresa sempre se posicionou a favor de um certame que privilegiasse o livre mercado e a isonomia de condições entre os participantes, ambos contemplados no documento aprovado”, explicou em comunicado à imprensa. E completou: “A Huawei reforça que está preparada para fornecer as tecnologias mais avançadas para a implementação do 5G e contribuir com o desenvolvimento de suas inúmeras aplicações, em segmentos como Inteligência Artificial e computação em nuvem, entre outros.”

A Nokia também se manifestou sobre o assunto por meio de Wilson Cardoso, CTO para América Latina.”Destacamos dois pontos no âmbito da aprovação do edital: avaliamos ser adequada a manutenção da estrutura das bandas baixas, médias e altas; e, em segundo lugar, a mudança dos blocos de 26 GHz para 200 MHz, traz um novo desafio em poder garantir a continuidade do espectro.”

Ricardo Mucci, country manager da Cisco do Brasil, também se manifestou. Disse que a aprovação do edital é muito positiva para o setor de telecomunicações como um todo: “O 5G habilitará um grande número de novas aplicações e casos de uso. Da saúde à indústria teremos um mundo cada vez mais conectado, mais rápido, com uma interação maior entre máquinas e também entre humanos. A mobilidade e a qualidade de acesso ganharão novos contornos de execução por parte das operadoras e de expectativa por parte dos clientes. Uma rede robusta e inteligente por trás da rede do rádio também é fundamental para garantir a entrega destas expectativas”.

Samir Vani, country manager da MediaTek no Brasil também está otimista com a conclusão do edital.

“Vemos com bons olhos essa definição da data do leilão e de que o ano que vem de fato teremos o 5G no Brasil. Isso deve acelerar a busca por smartphones, o que para a MediaTek é extremamente positivo, define uma nova era para o País e obviamente para o consumidor, que com a chegada do 5G vai ter muito mais qualidade na sua conexão à Internet, na sua conexão de dados. Além disso há o grande leque de funcionalidades que o 5G trará para a indústria, o que é extremamente importante para o país”, afirma Samir Vani, country manager da MediaTek no Brasil.

 

 

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